Decisão do STF sobre revisão da vida toda impacta aposentadorias

STF tem maioria contra revisão da vida toda, do INSS

Entenda as implicações da nova decisão do Supremo Tribunal Federal sobre o recálculo de benefícios do INSS

STF cancela a tese da revisão da vida toda, afetando aposentadorias do INSS.

STF decide cancelar a tese da revisão da vida toda

Na última sexta-feira (21), o Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria para cancelar a tese da revisão da vida toda, uma medida que permitia aos aposentados do INSS recalcular seus benefícios incluindo salários anteriores a julho de 1994, data que marca o início do Plano Real. A votação, que já conta com seis ministros a favor do cancelamento, pode ter um grande impacto sobre as finanças públicas do país.

Entre os ministros que votaram a favor da revogação estão Alexandre de Moraes, relator do processo, Cristiano Zanin, Kassio Nunes Marques, Cármen Lúcia, Gilmar Mendes e Luis Roberto Barroso, que está aposentado. A decisão, se confirmada, liberaria cerca de 140 mil processos que estão atualmente parados por ordem de Moraes, trazendo alívio para o sistema judiciário.

Implicações financeiras da decisão

Manter a revisão da vida toda significaria um impacto fiscal estimado em até R$ 480 bilhões, um desafio que o governo Lula, em meio à pressão por ajustes financeiros, certamente gostaria de evitar. Atualmente, o rombo fiscal do Brasil é avaliado em R$ 34,3 bilhões, conforme a última revisão divulgada na mesma data da votação.

O julgamento, que começou no dia 14 e está previsto para se encerrar amanhã (25), teve sua maioria consolidada, tornando improvável qualquer mudança no resultado. A revisão da vida toda, que já havia sido aprovada em 2022, agora enfrenta uma nova realidade com a mudança de entendimento do STF.

O que é a revisão da vida toda?

A revisão da vida toda é uma tese que defende que todos os salários do trabalhador, inclusive aqueles anteriores a 1994, devem ser considerados no cálculo da aposentadoria. A regra atual do INSS, no entanto, só leva em conta as contribuições feitas a partir de julho de 1994. Para muitos aposentados que tinham salários mais altos antes dessa data, a revisão poderia resultar em um aumento significativo no valor da aposentadoria, o que fez com que a tese ganhasse força nos tribunais.

Histórico da revisão da vida toda

Em dezembro de 2022, o STF decidiu, por maioria, permitir a revisão da vida toda, o que gerou um aumento no número de ações judiciais solicitando o recálculo das aposentadorias. Entretanto, em 2023, o governo começou a alertar sobre o impacto financeiro que isso poderia causar. Em 2024, o STF alterou seu entendimento e começou a afirmar que a regra pós-1994 é obrigatória, culminando na decisão recente de cancelar a tese definitivamente.

O que acontece agora?

Com a decisão do STF, aposentados que receberam valores maiores até 5 de abril de 2024 não precisarão devolver nada ao INSS. Além disso, honorários e custas judiciais não poderão ser cobrados, e aqueles que já entraram na Justiça com base na jurisprudência anterior não serão prejudicados. A decisão do STF representa um ponto final em uma questão que tem gerado muitos debates e incertezas para os aposentados e para a gestão fiscal do país.

A expectativa agora é que a formalização da decisão ocorra nos próximos dias, trazendo clareza sobre os próximos passos tanto para aposentados quanto para o governo.

Fonte: www.moneytimes.com.br

Fonte: STF tem maioria contra revisão da vida toda, do INSS

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