Defensoria Pública do Rio solicita imagens de câmeras da PM

Pedido se dá após operação policial que deixou 121 mortos

Defensoria Pública do Rio de Janeiro pede acesso a gravações da PM após operação que deixou 121 mortos.

Em 1º de novembro de 2025, a Defensoria Pública do Rio de Janeiro enviou um ofício à Ouvidoria-Geral da Polícia Militar solicitando acesso às gravações das câmeras corporais dos policiais que participaram da megoperação nos Complexos da Penha e do Alemão, realizada na última terça-feira (28). Esta ação policial é considerada a mais letal da história do estado, resultando em 121 mortos.

Motivação do pedido

O pedido foi feito pelo Núcleo de Defesa dos Direitos Humanos (Nudedh), que busca esclarecimentos sobre o uso das baterias extras dos equipamentos, conforme previsto em contrato com a corporação. O documento foi enviado após o coronel Marcelo Menezes, secretário da PM, informar em coletiva que parte das gravações pode ter sido perdida. Ele afirmou que as câmeras pararam de gravar quando as baterias se esgotaram durante a operação, que começou de madrugada e durou mais de 12 horas.

Esclarecimentos e investigações

A Defensoria solicita não apenas o acesso às gravações, mas também esclarecimentos sobre a disponibilidade e uso das baterias sobressalentes, seguindo as normas internas da Secretaria de Estado da Polícia Militar (SEPM). A Ouvidoria é o órgão responsável por garantir o acesso aos registros produzidos pelos policiais durante as operações. Além disso, o Ministério Público do Rio (MPRJ) determinou a verificação das imagens captadas na ação. O procurador-geral de Justiça, Antônio José Campos Moreira, considera o conteúdo das gravações essencial para esclarecer as circunstâncias das mortes e avaliar a conduta das forças policiais.

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