Advogados criticam decisão do STF que determina início de pena para o general

A defesa do general Walter Braga Netto critica a prisão determinada pelo STF, chamando-a de injusta.

Defesa de Braga Netto critica decisão do STF sobre prisão

Na data de 25 de novembro de 2025, a defesa do general Walter Souza Braga Netto se manifestou publicamente, considerando a prisão do militar “absolutamente injusta”. A declaração surgiu em resposta à decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou o início do cumprimento da pena de 26 anos imposta a Braga Netto.

Contexto da condenação

A ordem de execução da pena foi emitida após o ministro Moraes declarar o trânsito em julgado da ação judicial contra o general. De acordo com as informações, Braga Netto deverá cumprir sua pena na 1ª Divisão do Exército, localizada na Vila Militar no Rio de Janeiro. Desde dezembro de 2024, o general estava sob prisão preventiva, após ser acusado de tentar interferir em um processo judicial e acessar informações confidenciais relacionadas a delações de Mauro Cid.

Argumentos da defesa

Os advogados de Braga Netto expressaram indignação com a decisão do STF, afirmando que seus esforços legais foram conduzidos com “ética e lealdade processual”. Eles consideram lamentável que os recursos apresentados tenham sido vistos como meramente protelatórios. Para a defesa, a manutenção da decisão pela Primeira Turma do STF representaria uma oportunidade perdida para corrigir eventuais erros na soma das penas e tratar de divergências na condenação.

A condenação e suas implicações

Braga Netto foi condenado a uma das mais severas penas entre os réus envolvidos na tentativa de golpe que ocorreu em 2022. A Corte concluiu que ele fez parte da liderança de uma organização criminosa destinada a impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e coordenou ações cruciais para esse intento. Além disso, a investigação revelou que o general pressionou membros do Alto Comando do Exército a se unirem aos esforços golpistas, além de ter promovido ataques ao sistema eleitoral brasileiro.

Envolvimento em planos criminosos

As apurações indicam que Braga Netto esteve envolvido em encontros com militares de elite, conhecidos como “kids pretos”, para planejar o denominado “Punhal Verde Amarelo”, que tinha como alvo figuras proeminentes, incluindo Lula e Alexandre de Moraes. Essa conexão com planos violentos destaca a gravidade da situação e a natureza da condenação.

A defesa de Braga Netto continua a buscar formas de contestar a decisão do STF, enquanto o ex-ministro se prepara para cumprir sua sentença em regime fechado. A situação do general segue sendo um ponto de intensa discussão e análise no cenário político brasileiro.