Alfredo Gaspar sugere que corruptos devem ser tratados como criminosos
Durante a CPMI do INSS, deputado Alfredo Gaspar defendeu que corruptos devem ser tratados como criminosos, em meio a discussões sobre o escândalo do INSS.
Em 3 de novembro de 2025, durante a CPMI do INSS, o deputado Alfredo Gaspar (União-AL) discutiu a atuação da polícia do Rio de Janeiro em uma megaoperação que culminou em 121 mortes, afirmando que corruptos deveriam ser tratados como criminosos. Gaspar, ao parabenizar as forças de segurança, declarou: “bandido que não respeita a polícia, é chumbo mesmo”.
Contexto do escândalo do INSS
As declarações de Gaspar ocorrem em um momento crucial, pois a CPMI investiga a Confederação Brasileira dos Trabalhadores da Pesca e Aquicultura (CBPA), que é acusada de realizar descontos indevidos na aposentadoria de milhares de segurados, resultando em um faturamento de R$ 221 milhões. Essa situação foi revelada pelo Metrópoles em reportagens iniciadas em dezembro de 2023, que mostraram um aumento significativo na arrecadação das entidades, que chegou a R$ 2 bilhões em um ano.
Ações da Polícia Federal e CGU
As reportagens levaram à abertura de inquérito pela Polícia Federal (PF) e contribuíram para as investigações da Controladoria-Geral da União (CGU). A PF listou 38 matérias do Metrópoles como parte da representação que originou a Operação Sem Desconto, iniciada em 23 de abril. Essa operação resultou em demissões, incluindo do presidente do INSS e do ministro da Previdência, Carlos Lupi.
Implicações da CPMI
Durante a sessão, o presidente da CBPA, Abraão Lincoln Ferreira da Cruz, que está sob investigação, foi ouvido e obteve autorização do STF para permanecer em silêncio em questões que poderiam incriminá-lo. A situação levanta questões sobre a transparência e a regularidade das ações realizadas pela instituição. Além disso, a CGU destacou que a entidade sindical de Ferreira não possui funcionários registrados, apesar de ter atingido 445 mil filiados em 2024, gerando um faturamento de R$ 41,2 milhões.
