Denúncia envolve suposto esquema de arrecadação de campanha.
Deputados do Paraná acionam a CVM para investigar suposto esquema de arrecadação para campanha de Ratinho Jr.
Os recentes desdobramentos envolvendo a política paranaense têm gerado grande repercussão, especialmente no que diz respeito à atuação dos deputados estaduais Requião Filho (PDT) e Arilson Chiorato (PT). Ambos solicitaram à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) uma investigação sobre um suposto esquema de arrecadação que envolve a Sanepar, empresa responsável pelo saneamento e abastecimento de água no estado. A denúncia foi motivada por áudios que vieram à tona, onde se ouve conversas entre Rafael Malaguido, ex-gerente da Sanepar, e Jaime Antônio de Camargo Ferreira, assessor do secretário de Cidades, Guto Silva.
O esquema revelado
Os áudios indicam que funcionários da Sanepar estavam sendo pressionados a contribuir com valores que variavam de R$ 15 a 25 mil reais, com o intuito de quitar uma dívida de R$ 4 milhões da campanha eleitoral do governador Ratinho Junior. Em uma das gravações, Malaguido afirma: “Teu chefe sou eu, o Rafael, e é o Guto…”. Essa frase revela a dinâmica de poder e a influência política que permeia a estrutura da empresa, onde os funcionários comissionados, muitas vezes ocupados por indicações políticas, se veem vulneráveis a tais pressões.
Reações e defesas
A Sanepar, ao ser questionada sobre os áudios, alegou que as gravações são antigas e que já foram objeto de uma investigação em 2021, quando os envolvidos foram demitidos por justa causa. Em nota, a empresa afirmou que colaborou plenamente com as autoridades e que não há novidades na situação. Por outro lado, o governo do Paraná minimizou a denúncia, chamando-a de uma “pauta velha” ressuscitada pelo PT. Essa resposta, no entanto, não acalmou os ânimos dos opositores, que criticam a falta de ação do Ministério Público em relação ao caso.
Implicações políticas
Requião Filho, que é pré-candidato ao governo do Paraná, questionou a postura do governo e do MP, indagando por que não houve punições até o momento. Essa situação levanta questões sobre a integridade das instituições e a transparência nas relações entre o governo e suas empresas. A pressão por uma investigação mais aprofundada pode trazer à tona não apenas irregularidades administrativas, mas também um debate necessário sobre a ética nas campanhas políticas e o uso de recursos públicos para fins eleitorais.
A situação continua a evoluir, e a expectativa é que a CVM analise os pedidos dos deputados e decida sobre a abertura de uma investigação formal. O desenrolar desse caso pode ter consequências significativas para a política paranaense e para a imagem do governador Ratinho Jr., que, até então, vinha sendo cotado para novas posições políticas.
A sociedade e os órgãos de fiscalização aguardam uma resposta clara e decisiva que possa restaurar a confiança nas instituições e garantir que casos como esse não se repitam.
Fonte: www.metropoles.com
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