Ações de retaliação são cogitadas na Câmara
Após a rejeição da PEC da Blindagem pelo Senado, deputados prometem retaliações e cobram uma posição firme do presidente da Câmara, Hugo Motta.
Após a rejeição unânime da PEC da Blindagem pelo Senado, deputados federais expressam insatisfação e cogitam ações de retaliação. A pressão recai sobre o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), que é cobrado para defender a posição dos deputados. Nos bastidores, a ideia de atrasar a tramitação de projetos de interesse de senadores está em pauta, além de investigações na CPMI do INSS.
Estrategias de retaliação
Parlamentares da Câmara se sentem desrespeitados e afirmam que a rejeição da PEC, que visava dificultar prisões de parlamentares, foi uma humilhação. A proposta, apelidada de “PEC da Bandidagem”, gerou um embate direto entre as casas, algo que não se via em mandatos anteriores. A insatisfação é evidente, e a Câmara, segundo deputados, não aceitará o que consideram uma quebra de acordo.
A postura de Hugo Motta
Hugo Motta, ao afirmar que não houve traição por parte do Senado, gerou ainda mais descontentamento entre os deputados. Em conversas reservadas, o presidente da Câmara reconheceu que havia um compromisso do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), para aprovação da matéria, mas não é do seu estilo promover confrontos públicos. Os deputados, por sua vez, se mostram cada vez mais inquietos e prontos para agir em resposta ao ocorrido.
Contexto da PEC da Blindagem
A PEC tinha como objetivo dificultar a prisão e ações penais contra parlamentares, exigindo autorização por maioria absoluta e voto secreto. A rejeição, além de ser vista como um desrespeito, também destaca a fragilidade das relações entre a Câmara e o Senado, que, segundo alguns deputados, pode levar a um clima ainda mais tenso entre as duas casas. A situação atual representa um novo capítulo na política brasileira, onde os interesses de cada casa legislativa estão em xeque.