Ministério da Fazenda aponta tendência de crescimento, apesar da redução da atividade atual
A Secretaria de Política Econômica verifica desaceleração, mas mantém viés de alta para o PIB de 2025.
Desaceleração e expectativas de crescimento do PIB de 2025
Na última quinta-feira (4), a Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda anunciou uma tendência de desaceleração econômica no Brasil, mas com um viés otimista em relação à projeção do PIB de 2025. O ministério enfatizou que, apesar do desaquecimento atual, há uma expectativa de revisão para cima na atividade econômica para o próximo ano.
A nota da SPE destacou que o desempenho econômico do terceiro trimestre foi abaixo das projeções do governo. Entretanto, é prevista uma leve recuperação no quarto trimestre, especialmente no setor de serviços. A recente divulgação do Produto Interno Bruto (PIB) mostrou um crescimento de apenas 0,1% entre julho e setembro em comparação ao trimestre anterior, conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Desempenho setorial e consumo
O cenário econômico demonstra que a desaceleração do setor de serviços no último trimestre compensou os resultados positivos de setores como agropecuária e indústria. Segundo a análise, a perda de força no consumo das famílias se alinha ao esperado enfraquecimento da atividade econômica, resultado dos juros elevados em vigor no país.
A projeção atual para o PIB de 2025, apresentada pelo governo em novembro, é de um crescimento de 2,2%. A expectativa é que a agropecuária e a indústria mostrem desempenho superior ao anteriormente estimado, enquanto os serviços devem continuar a crescer, mas em um ritmo mais lento.
Perspectivas futuras e taxa de juros
A Secretaria de Política Econômica também alertou que a perspectiva de desaceleração econômica permanece, com o fechamento do hiato projetado para o segundo semestre de 2025 e além. Além do mais, as revisões feitas pelo IBGE para períodos anteriores tiveram um impacto significativo nas expectativas mais recentes, mostrando que a desaceleração da atividade foi mais acentuada nos últimos meses.
O Banco Central, por sua vez, tem mantido a taxa Selic em 15% ao ano, um patamar considerado elevado, com o intuito de controlar a inflação, que deve chegar à meta de 3%. No entanto, esse cenário gerou críticas de membros do governo, que expressam preocupação sobre os efeitos adversos que os altos juros podem causar à atividade econômica.
Expectativas no mercado financeiro
Os dados recentes sobre a atividade econômica mais fraca elevaram as expectativas no mercado em relação a um possível corte na taxa de juros durante a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) de janeiro. Após a divulgação do PIB do terceiro trimestre, as apostas indicam uma probabilidade de 84% para um corte de 25 pontos-base na Selic em janeiro, um aumento em relação aos 78% registrados anteriormente.
O cenário apresenta, portanto, um misto de desafios e oportunidades, com a necessidade de equilibrar o crescimento econômico com a inflação e as taxas de juros. A revisão positiva da projeção do PIB de 2025, mesmo em um contexto de desaceleração, é um sinal de esperança para a recuperação econômica do Brasil.
Fonte: www.moneytimes.com.br
Fonte: Ministério da Fazenda


