Desafios entre Trump e novo presidente do Fed: um cenário complicado

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Economistas preveem conflito imediato sobre cortes de juros.

A escolha do novo presidente do Fed pode gerar tensões entre Trump e a política monetária.

A recente escolha de um novo presidente do Federal Reserve promete ser um campo de batalha entre o atual presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e a política monetária que rege a economia do país. Com a saída de Jerome Powell prevista para maio de 2026, a expectativa é de que a nova nomeação seja feita em breve, mas os desafios que surgem nesse contexto são significativos.

O cenário econômico atual

De acordo com analistas da Capital Economics, o crescimento do PIB é projetado para ser robusto, com uma expansão de 2,5% em 2026 e 2027, impulsionado principalmente por um aumento nos investimentos, especialmente na área de inteligência artificial. Contudo, a inflação permanece acima da meta de 2%, o que poderá limitar as ações do novo presidente do Fed. Com isso, a expectativa é que a taxa de juros seja reduzida em apenas 25 pontos base em 2026, um cenário que coloca o novo presidente em desacordo quase imediato com as exigências de Trump por cortes mais acentuados.

Possíveis candidatos e suas perspectivas

Entre os nomes cogitados para assumir a presidência do Fed estão Kevin Hassett, atual diretor do Conselho Nacional de Economia, Christopher Waller, membro do Fed, e Kevin Warsh, ex-governador da instituição. No entanto, a previsão do mercado de apostas Kalshi coloca Hassett como o favorito, com 54% de chances de ser escolhido. Trump, em declarações recentes, indicou que seu escolhido será alguém que defenda cortes significativos nas taxas de juros, o que provoca preocupações sobre a independência do Fed.

Conflitos potenciais e suas consequências

A nomeação de um presidente que atenda às expectativas de Trump poderia, em teoria, resultar em uma onda de flexibilização da política monetária. Porém, isso exigiria que outros membros da Comissão Federal de Mercado Aberto (FOMC) concordassem com tais medidas, o que não é garantido. A falta de alinhamento entre as expectativas de Trump e a realidade econômica pode resultar em uma crise de credibilidade para o Fed, levando a taxas de juros mais altas a longo prazo, conforme alertam os economistas.

Por outro lado, a recente desaceleração do mercado de trabalho e a contínua pressão inflacionária dificultam ainda mais a tarefa do novo presidente. Apesar do crescimento nas áreas impulsionadas pela inteligência artificial, que deve aumentar os investimentos em setores como finanças e saúde, os economistas da Citi Research projetam um crescimento do PIB de apenas 2% para o próximo ano, com uma queda contínua na demanda por mão de obra.

O que esperar no futuro

Entretanto, a situação pode evoluir rapidamente. Com a pressão para cortes de juros e a inflação resistindo em níveis altos, a tensão entre Trump e a nova liderança do Fed deverá ser um tema recorrente nas discussões econômicas nos próximos meses. A habilidade do novo presidente em equilibrar as demandas políticas e a independência da instituição será crucial para a estabilidade econômica do país.

Em suma, as próximas decisões do Federal Reserve sob a nova liderança não apenas afetarão a economia americana, mas também terão repercussões globais. O desafio será encontrar um caminho que mantenha tanto a estabilidade da política monetária quanto a confiança do mercado em um ambiente econômico em constante mudança.

Fonte: fortune.com

Fonte: Getty Images

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