Desaparecidos em Icaraíma: Um Mês de Angústia e Uma Promessa de Luta

Um mês se passou desde o desaparecimento de Alencar Gonçalves de Souza, Robishley Hirnani de Oliveira, Rafael Juliano Marascalchi e Diego Henrique Afonso em Icaraíma, noroeste do Paraná, em 5 de agosto. As famílias dos quatro homens, que foram à cidade para cobrar uma dívida, vivem um período de intensa angústia e incerteza.

Nas redes sociais, a esposa de Rafael expressou sua dor e determinação em uma mensagem emocionante: “Eu prefiro passar uma vida com você do que enfrentar uma eternidade sozinha. Lutarei até o fim por nós”. A esposa de um dos outros cobradores desaparecidos relatou que as famílias se sentem abandonadas pelas autoridades, afirmando que “Das autoridades nem um bom dia. Sentimos com toda certeza que a omissão é grande”. A dor se intensifica com a proximidade do aniversário de um dos filhos do casal, neste sábado (6). Eles têm dois filhos pequenos, um de oito meses e outro de 8 anos.

A Polícia Civil do Paraná, por meio do delegado Gabriel Meneses, informou que as investigações seguem sob sigilo, mas que novos indícios foram coletados. “As investigações avançaram e houve coleta de novos indícios. A investigação está sob sigilo. Assim, não podemos divulgar os resultados das diligências em andamento, mas os trabalhos seguem avançando sim”, concluiu.

Diego e seus amigos Rafael e Robishley, originários de São Paulo, foram a Icaraíma para cobrar cerca de R$ 250 mil referentes à negociação de uma propriedade rural. Eles encontraram Alencar e foram até a propriedade rural para fazer a cobrança. Após o primeiro contato com o devedor, combinaram um retorno, mas, desde o dia 5 de agosto, ninguém conseguiu mais contatá-los.

A Polícia Civil identificou Antônio Buscariollo e Paulo Ricardo Costa Buscariollo, pai e filho, como suspeitos de armar uma emboscada contra os quatro homens. Ambos foram ouvidos anteriormente, mas liberados. A polícia acredita que os desaparecidos foram vítimas de uma emboscada ao tentar cobrar a dívida. Mandados de prisão temporária foram expedidos contra Antônio e Paulo. Antônio tem antecedentes criminais por porte ilegal de arma de fogo.

Em um esforço para obter informações que levem ao paradeiro dos desaparecidos, as famílias ofereceram uma recompensa de R$ 50 mil. “A polícia se calou, mas nós não”, declarou a esposa de um dos homens. A família tem buscado ativamente por respostas, sentindo que as novidades surgem apenas quando a própria família encontra pistas.

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