Desaparecimento em Curitiba: Vigilante Preso, Corpos Podem Estar no Litoral

O desaparecimento de Maria Auxiliadora da Silva de Souza, de 78 anos, e seu filho, Fábio José de Souza, de 46, moradores do bairro Capão da Imbuia, em Curitiba, teve um novo capítulo com a prisão do vigilante Douglas Felipe Romanovski, detido na última sexta-feira (22) em Almirante Tamandaré, Região Metropolitana.

A Polícia Civil apura o possível envolvimento do suspeito no duplo latrocínio e na ocultação dos corpos das vítimas. Fábio José está desaparecido desde antes de 24 de junho. Testemunhas relataram ter visto a mãe entrando em um veículo que pode ser de Douglas.

As investigações revelaram contradições nos depoimentos do vigilante, além de movimentações bancárias consideradas suspeitas. Transferências foram feitas da conta de Maria Auxiliadora para as contas de Douglas e de seu filho de 9 anos, mesmo após o desaparecimento de ambos.

A polícia também constatou que Douglas esteve em Antonina, no litoral paranaense, na manhã em que o celular de Maria Auxiliadora foi usado para enviar mensagens à família. Os últimos contatos registrados foram mensagens desconexas, enviadas até 16 de julho, quando uma mensagem indicava que Maria estaria na cidade.

As autoridades indicaram que o suspeito ainda não informou a localização dos corpos, que poderiam estar na região litorânea. Há indícios de que o veículo em que Maria Auxiliadora foi vista entrando pela última vez é o mesmo que foi registrado seguindo para Antonina na manhã em que ocorreu o suposto último contato dela com a família.

A investigação aponta que Douglas teria utilizado a Estrada da Graciosa, um trajeto com menor monitoramento por câmeras, para ir à cidade litorânea, retornando pela BR-277.

O suspeito passou a ser investigado após o recebimento de um Pix de R$ 10 mil proveniente da conta de Maria Auxiliadora. Ele alegou à polícia ter emprestado R$ 50 mil a Fábio, que estaria com dívidas com agiotas. Douglas trabalhava em um condomínio em Almirante Tamandaré, onde Fábio possuía dois imóveis como investimento.

Douglas afirmou que havia firmado um contrato informal com Fábio para um dos imóveis, pagando cerca de R$ 700 mensais de aluguel. Ele declarou que Fábio esteve em seu apartamento por dois dias e, em seguida, teria saído, pouco antes do desaparecimento.

Durante a operação policial, foram cumpridos mandados de busca e apreensão em quatro endereços ligados ao suspeito, resultando na apreensão de equipamentos eletrônicos, documentos e um veículo, todos encaminhados para análise pericial. Três imóveis também foram minuciosamente analisados.

As investigações indicam que o caso se trata de um duplo latrocínio. Douglas permanece preso preventivamente.

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