Desastre de Mariana: 10 anos de luta por justiça

Outras comunidades afetadas foram Paracatu de Baixo, Paracatu de Cima, Pedras, Águas Claras e Campinas

Moradores ainda buscam reparação após tragédia que deixou 19 mortos

Após 10 anos do desastre de Mariana, moradores ainda buscam justiça e reparação.

Em 5 de novembro de 2025, o desastre da barragem do Fundão, em Mariana (MG), completa 10 anos, deixando um legado de dor e luta por justiça. A tragédia, que resultou na morte de 19 pessoas e deixou mais de 600 desabrigadas, ainda é um tema delicado para os sobreviventes. Mônica Santos, uma das vítimas, relembra os momentos de desespero e a luta contínua por indenizações e reparações.

O impacto do desastre

Em 5 de novembro de 2015, a barragem do Fundão, operada pela empresa Samarco, rompeu e liberou cerca de 40 milhões de metros cúbicos de rejeitos de mineração. Mônica Santos, que morava no distrito de Bento Rodrigues, saiu para trabalhar por volta das 6h e só retornou 24 horas depois, encontrando sua casa coberta de lama. Ela e outros moradores passaram a viver em um novo assentamento, mas denunciam a falta de infraestrutura e problemas persistentes nas novas moradias.

Luta por justiça e reparação

Mônica, que atualmente está desempregada, enfatiza a necessidade de responsabilização dos envolvidos na tragédia. Ela destaca que a falta de punição em casos como esse pode levar a novas tragédias, citando o desastre de Brumadinho em 2019. A situação é reforçada por Márcio Zonta, do Movimento pela Soberania Popular na Mineração, que critica a falta de um projeto nacional de mineração e a desconexão entre empresas e comunidades.

Situação atual e esperanças futuras

Atualmente, o Brasil possui 916 barragens, com 74 em risco de colapso. A Samarco informa que desde 2015 foram destinados R$ 68,4 bilhões para ações de reparação, incluindo R$ 32,1 bilhões em indenizações individuais. Porém, muitos ainda aguardam por soluções, como o agricultor Francisco de Paula Felipe, que, após anos de luta, finalmente se mudou para sua nova casa no assentamento, mas ainda enfrenta incertezas sobre o futuro. A luta por justiça e reparação continua, refletindo a necessidade urgente de melhorias nas políticas de mineração.

Fonte: jovempan.com.br

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