Investigação revela nova dinâmica das galáxias
Um buraco negro de 450 mil massas solares foi descoberto em Segue 1, uma galáxia anã a 75 mil anos-luz da Terra, alterando a compreensão sobre a dinâmica das galáxias.
Um artigo publicado em outubro de 2025 no periódico científico Astrophysical Journal Letters relata a descoberta de um buraco negro inesperadamente grande no coração de Segue 1, uma galáxia anã ultra tênue localizada a cerca de 75 mil anos-luz da Terra. Usando modelagem avançada e observações do Observatório WM Keck, os pesquisadores concluíram que a dinâmica de Segue 1 é governada por um buraco negro de aproximadamente 450 mil massas solares, desafiando a ideia de que seria um halo dominado por matéria escura.
Mudanças na compreensão das galáxias
Essa descoberta altera a forma como os cientistas veem a evolução das galáxias muito pequenas. Os resultados mostram que as simulações só coincidiram com as observações quando os cientistas incluíram um buraco negro massivo no centro da galáxia. Este buraco negro tem uma massa superior à soma de todas as estrelas de Segue 1, o que é raro em galáxias tão pequenas. Além disso, as estrelas próximas ao núcleo têm órbitas rápidas, um indicativo de uma intensa força gravitacional.
Implicações para o estudo das galáxias
Os autores sugerem que a pesquisa pode revolucionar a modelagem de galáxias anãs ou aglomerados estelares, incluindo buracos negros supermassivos nas dinâmicas ao invés de apenas halos de matéria escura. Nathaniel Lujan, um dos pesquisadores, afirma que se essa proporção de massa for comum entre galáxias anãs, será necessário reescrever como esses sistemas evoluem.
Perspectivas futuras
As implicações dessa descoberta podem significar que os modelos cosmológicos precisam ser ajustados para incluir um papel mais ativo de buracos negros desde o início da formação galáctica. Embora a matéria escura continue a ser um componente importante, a nova dinâmica proposta pode levar a uma melhor compreensão da formação e evolução das galáxias anãs, incluindo a possibilidade de que algumas, como Segue 1, possam ter nascido com buracos negros grandes e poucas estrelas.