Descobertas sobre a reprodução do Aedes aegypti

Universidade Rockefeller/Divulgação

Estudo revela controle da fêmea no acasalamento

Pesquisa revela que a fêmea do mosquito Aedes aegypti tem controle sobre o acasalamento, desafiando suposições antigas.

No dia 3 de outubro de 2023, um novo estudo revelou que a fêmea do mosquito Aedes aegypti tem um papel ativo durante o acasalamento, desafiando anos de suposições científicas. A pesquisa, liderada por Leslie Vosshall, da Universidade Rockefeller, foi publicada na revista Current Biology e traz à tona evidências de que as fêmeas escolhem com quem acasalam.

O controle feminino no acasalamento

Os cientistas descobriram que, ao decidir acasalar pela única vez em sua vida, a fêmea move seus órgãos genitais de maneira sutil, controlando o processo. Essa descoberta derruba a ideia de que as fêmeas eram passivas no ato. “É realmente profundo que a área tenha assumido por tanto tempo que a fêmea deve ser passiva”, disse Vosshall. O acasalamento dura cerca de 14 segundos, mas a fase crucial que envolve esta nova descoberta leva apenas 1 a 2 segundos.

Implicações para o controle de doenças

Após o acasalamento, a fêmea pode gerar centenas de ovos, potencializando a disseminação de vírus como o da dengue. A pesquisa sublinha a importância de intervenções durante o acasalamento como uma estratégia eficaz para o controle de doenças transmitidas por mosquitos. Além disso, foi identificado um mecanismo de acasalamento específico entre os mosquitos-tigre asiáticos, revelando divergências evolutivas que impactam a reprodução entre espécies.

Próximos passos na pesquisa

A equipe de pesquisa pretende explorar mais os mecanismos de acasalamento entre diferentes espécies, buscando entender como as fêmeas decidem entre seus pretendentes. “Queremos entender o código neuronal que a fêmea usa para sentir a estimulação do macho e, então, tomar sua decisão”, concluiu Vosshall.

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