Entenda como a deficiência de vitamina B12 pode causar compulsão por substâncias não alimentares

Mulher de 36 anos revela desejo por alvejante em pó devido à anemia perniciosa, condição que afeta a absorção de vitamina B12.
O desejo de ingerir substâncias não alimentares, como alvejante em pó, pode estar ligado a condições de saúde. No caso de uma mulher de 36 anos em Michigan, esse desejo foi identificado como um sintoma de anemia perniciosa, uma condição que afeta a absorção de vitamina B12.
Após ser hospitalizada com falta de ar e dores abdominais, os médicos descobriram que a paciente estava com níveis críticos de vitamina B12, essenciais para a produção de glóbulos vermelhos saudáveis. A anemia resultante não só causou sintomas físicos como também afetou seu estado mental, levando a compulsões alimentares.
O que é anemia perniciosa?
Anemia perniciosa é uma condição autoimune onde o sistema imunológico ataca as células do estômago que produzem uma proteína necessária para a absorção de vitamina B12. Essa deficiência pode resultar em fadiga, falta de ar e até distúrbios de humor.
Sintomas e diagnóstico
A mulher procurou atendimento médico após sentir falta de ar e fadiga extrema. Exames revelaram que, apesar de seus níveis de ferro e folato estarem normais, a vitamina B12 estava muito baixa, confirmando o diagnóstico de anemia perniciosa. O tratamento imediato incluiu transfusões de sangue e o início da suplementação de B12.
Compulsão por substâncias não alimentares
Com o acompanhamento de uma equipe psiquiátrica, a paciente revelou um comportamento compulsivo por alvejante em pó, que experimentava diariamente. Essa compulsão é característica da síndrome de pica, um distúrbio alimentar que envolve a ingestão de substâncias não nutritivas. A relação entre a anemia e esse comportamento foi notável, e a paciente começou a receber tratamento para a deficiência de B12.
Tratamento e acompanhamento
Após a estabilização de seus sintomas, ela foi orientada a continuar a suplementação de vitamina B12 e a seguir um tratamento para a acidez estomacal. No entanto, os médicos não conseguiram acompanhar seu progresso após a alta, deixando incertezas sobre a continuidade do tratamento.
A história da paciente destaca a importância de se atentar para os sinais do corpo e a relação entre saúde física e comportamental.