Em um movimento desesperado para garantir a segurança de seus entes queridos, famílias de reféns israelenses detidos em Gaza estão convocando uma greve geral nacional para o próximo domingo (17). A ação é um protesto direto contra a recente decisão do gabinete de segurança de Israel de intensificar o conflito e avançar sobre a Cidade de Gaza, uma medida que, segundo elas, coloca em risco a vida dos reféns.
“Estamos fechando o país para salvar os soldados e os reféns”, declararam os familiares em Tel Aviv, unindo-se ao Conselho de 7 de Outubro, que representa as famílias de soldados mortos no início da guerra. A iniciativa, planejada como um esforço popular, busca paralisar a economia através da adesão de empresas privadas e cidadãos.
De acordo com o Conselho de 7 de Outubro, em poucas horas, centenas de empresas e milhares de cidadãos já manifestaram apoio à greve, prometendo interromper suas atividades no domingo. A adesão em massa demonstra a crescente preocupação e frustração com a situação dos reféns e o rumo do conflito.
Apesar do apoio crescente, o maior sindicato de trabalhadores de Israel, Histadrut, ainda não se juntou ao movimento grevista. As famílias dos reféns têm agendada uma reunião com o presidente do Histadrut, Arnon Bar-David, na segunda-feira (11), na tentativa de convencê-lo a aderir à causa.
Anat Angrest, mãe de Matan, um dos reféns em Gaza, fez um apelo emocionado aos líderes dos setores econômico e trabalhista, alertando que “seu silêncio está matando nossas crianças”. A família busca o apoio de todos na luta pela libertação dos reféns.