Agência criada para reduzir gastos governamentais é encerrada após falhas significativas
Após um ano de ineficácia, a agência DOGE, liderada por Musk, é desmantelada.
O fim do DOGE: um ano de promessas não cumpridas
Menos de um ano após a criação da agência DOGE, liderada por Elon Musk, o órgão foi oficialmente desmantelado. Em fevereiro, Musk apresentou a agência no Conservative Political Action Conference, prometendo uma revolução na eficiência governamental. No entanto, o que se seguiu foi uma série de decisões questionáveis e um legado de ineficiência.
A trajetória conturbada da DOGE
Segundo reportagens, a DOGE foi desmantelada oito meses antes do previsto, com uma declaração do diretor do Escritório de Gestão de Pessoal, Scott Kupor, afirmando que “isso não existe” quando questionado sobre a agência. Durante os primeiros meses do segundo mandato de Donald Trump, a DOGE assumiu um papel central na redução do tamanho do governo, mas suas ações resultaram em mais caos do que economia.
Tensões aumentaram quando milhares de funcionários federais foram demitidos sob a liderança de Musk, apenas para serem convidados a retornar ao trabalho meses depois, após o que muitos descreveram como férias pagas prolongadas. Os impactos financeiros foram significativos, com milhões perdidos em juros e taxas devido à paralisação de projetos governamentais.
Resultados desastrosos e desperdícios
Um relatório da minoria do Subcomitê Permanente do Senado sobre Investigações revelou que a DOGE gerou cerca de $21,7 bilhões em desperdícios nos primeiros seis meses de funcionamento. Essa cifra alarmante reflete a incapacidade da agência em cumprir sua missão de cortar gastos. Em vez disso, o governo viu um aumento de $220 bilhões nos gastos federais neste exercício, excluindo juros.
Musk deixou a agência quatro meses após sua criação, o que levantou questões sobre a eficácia da liderança e a direção da DOGE. As divergências políticas entre Musk e Trump aumentaram, culminando em ataques pessoais e ameaças ao contrato de Musk com o governo.
Reestruturação e novos rumos
Apesar do desmantelamento da DOGE, muitos de seus ex-funcionários estão sendo redistribuídos para outras agências governamentais. A administradora da DOGE, Amy Gleason, agora trabalha como conselheira do Secretário de Saúde e Serviços Humanos, enquanto Joe Gebbia, cofundador do Airbnb, foi colocado à frente do novo National Design Studio de Trump. Essas movimentações indicam uma tentativa de preservar talentos em meio ao caos.
O futuro da eficiência governamental
Embora Trump tenha declarado o fim da DOGE, a Casa Branca mantém que continua comprometida em reduzir desperdícios e fraudes no governo. Liz Huston, porta-voz da Casa Branca, reiterou que o presidente recebeu um mandato claro para essa missão e está determinado a cumpri-lo. O desmantelamento do DOGE levanta questões sobre a eficácia das medidas de eficiência propostas e a necessidade de uma abordagem mais sólida para a gestão governamental.
A história do DOGE pode servir como um alerta sobre os perigos de implementar soluções drásticas sem uma estratégia clara. Com as tensões políticas ainda presentes, o futuro da eficiência no governo permanece incerto.