Destaques corporativos de Cosan, Azul e Raízen em 31 de outubro

Resultados e mudanças significativas no mercado desta sexta-feira

O aval do Cade para a Cosan, resultados da Azul e revisão da Raízen são destaques do dia.

Nesta sexta-feira, 31 de outubro de 2025, o mercado se destaca com a aprovação do Cade para a subscrição de ações da Cosan (CSAN3) pelo BTG e Perfin, o resultado operacional de setembro da Azul (AZUL4) e a revisão de rating da Raízen (RAIZ4) pela Moody’s.

O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou, sem restrições, a subscrição de ações da Cosan (CSAN3) por fundos do Perfin e do BTG Pactual, conforme fato relevante divulgado pela holding de Rubens Ometto na noite de quinta-feira (30). Agora, a decisão do órgão antitruste aguarda o decurso do prazo legal de 15 dias e depende da conclusão e alocação na primeira oferta pública em curso. O anúncio da operação, que irá injetar R$ 10 bilhões na Cosan, movimentou o mercado no fim de setembro. Dona da Raízen (RAIZ4), da Rumo Logística (RAIL3) e da empresa de gás Compass, entre outros negócios, a empresa de Ometto vinha sofrendo com o alto endividamento.

No fim de 2024, a empresa tinha dívidas de R$ 23,5 bilhões e registrou prejuízo de R$ 9,4 bilhões, para uma receita anual de R$ 44 bilhões.

A Azul (AZUL4) registrou resultado operacional de R$ 376,7 milhões em setembro de 2025, com margem de 20,6%, segundo informações preliminares e não auditadas apresentadas ao Tribunal de Falências dos Estados Unidos. Os dados fazem parte do relatório operacional mensal referente ao período de 1º a 30 de setembro, apresentado no contexto do processo voluntário de reestruturação. A receita líquida total somou R$ 1,8 bilhão, enquanto o Ebitda ajustado foi de R$ 613,8 milhões, com margem de 33,5%. O caixa e equivalentes de caixa totalizou R$ 795,91 milhões, e as contas a receber atingiram R$ 2,6 bilhões.

Os resultados foram ajustados por itens não recorrentes relacionados à reestruturação e, conforme a Azul, não são auditados.

A Raízen (RAIZ4) informou ao mercado que a Moody’s colocou seu rating “Baa3” sob revisão para um possível rebaixamento. A agência afirmou que o movimento é motivado pelos desafios operacionais enfrentados pela companhia, especialmente na safra de 2024-2025, com geração de fluxo de caixa livre negativo e aumento da alavancagem bruta.

Os analistas reconhecem o avanço da Raízen desde 2024, com um plano voltado para a melhoria da eficiência operacional e estrutura de capital.

A Gerdau (GGBR4) registrou um lucro líquido de R$ 1,1 bilhão no terceiro trimestre de 2025, uma queda de 24% em relação ao mesmo período do ano anterior, mesmo com a receita líquida tendo crescido 3,5%, alcançando R$ 17,9 bilhões. A Metalúrgica Gerdau (GOAU4) teve lucro líquido ajustado de R$ 1,09 bilhão, uma queda de 24,1% em relação ao ano anterior. A empresa aprovou o pagamento de R$ 188,8 milhões em dividendos, com pagamento previsto para 12 de dezembro de 2025.

A Telefônica Brasil (VIVT3) teve lucro líquido de R$ 1,9 bilhão no terceiro trimestre de 2025, alta de 13,3% sobre o ano anterior. A receita líquida somou R$ 14,94 bilhões, com forte performance nas receitas de pós-pago e fibra. As movimentações e resultados de diversas empresas evidenciam a dinâmica do mercado financeiro brasileiro.

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