Medida visa apoiar mulheres imigrantes na luta contra normas rígidas.
A Dinamarca planeja proibir o uso de burcas e niqabs em escolas a partir de 2026, visando apoiar mulheres imigrantes.
O contexto da proibição
A Dinamarca tem avançado em sua legislação sobre o uso de vestimentas que cobrem o rosto desde 2018, quando foi instaurada a proibição de roupas que ocultem completamente a face em espaços públicos. A nova proposta de lei, a ser apresentada em fevereiro de 2026, visa reforçar essa proibição especificamente em instituições de ensino, como escolas e universidades, buscando atuar em um contexto onde a proteção dos direitos das mulheres, especialmente as de origem imigrante, é uma prioridade. O ministro Rasmus Stoklund enfatizou que a medida é um passo importante na luta contra normas culturais que podem restringir a liberdade e a autonomia das mulheres.
Detalhes da proposta
Rasmus Stoklund, durante o anúncio, destacou que a proposta de lei envia um recado claro sobre o apoio do governo dinamarquês às mulheres imigrantes. A ideia é que a proibição do uso de burcas e niqabs em ambientes escolares sirva como um incentivo para que essas mulheres se sintam mais livres e respeitadas, evitando a imposição de normas rígidas que podem ser decorrentes de culturas específicas. A proposta surge em um contexto de crescente debate sobre a integração de imigrantes na sociedade dinamarquesa e as dificuldades enfrentadas por mulheres que se veem obrigadas a seguir tradições que limitam sua liberdade.
Impactos e reações
A proposta de proibição já gera reações diversas dentro e fora da Dinamarca. Defensores de direitos humanos, como a Anistia Internacional, já se manifestaram contra a proibição, afirmando que ela pode ser vista como discriminatória e uma violação dos direitos das mulheres. A expectativa é que o debate sobre a nova lei seja intenso, refletindo as diferentes opiniões sobre a liberdade individual e as normas culturais. O impacto da legislação atual, que já prevê multas para quem desrespeitar a proibição do uso de burcas em espaços públicos, pode servir de base para avaliar as repercussões da nova proposta no ambiente escolar.
Fonte: www.metropoles.com
Fonte: Godong/Universal Images Group via Getty Images



