Diplomacia brasileira: equilíbrio entre EUA e China

Professor analisa como o Brasil pode manter boas relações com potências globais

Professor analisa como o Brasil pode equilibrar relações entre EUA e China.

Neste sábado (25), o secretário de Estado americano, Marco Rubio, sugeriu ser mais benéfico para o Brasil escolher os Estados Unidos como parceiro em detrimento da China. Em entrevista ao CNN Prime Time, Leonardo Trevisan, professor de Relações Internacionais da ESPM, explica como o país pode se equilibrar entre os americanos e os chineses. Segundo ele, “a diplomacia brasileira possui uma vasta experiência em manter relações equilibradas com grandes potências mundiais, demonstrando habilidade em preservar seus interesses nacionais mesmo diante de pressões internacionais.”

Relações históricas

Trevisan explica que o Brasil tem mantido historicamente uma posição equilibrada nas relações internacionais, dialogando com diferentes potências ao longo das décadas. “O Brasil nunca deixou uma posição de equidistância, nós conversamos com os dois lados”, afirma. Essa abordagem remonta a diversos momentos históricos, incluindo a Guerra Fria, quando o país conseguiu manter relações com ambos os blocos ideológicos.

Exemplos de estratégia

Um exemplo notável dessa estratégia ocorreu em 1975, quando o Brasil foi um dos primeiros países a reconhecer a República Popular da China, uma decisão articulada pelo embaixador Ítalo Zappa. Para ele, o Brasil pode manter relações comerciais com a China, importante compradora de produtos brasileiros, sem prejudicar os laços com os Estados Unidos. A proximidade geográfica com o Atlântico Sul e o histórico de cooperação militar com os americanos são fatores que naturalmente aproximam o país dos EUA.

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