Uma análise sobre a falta de compreensão de mensagens fundamentais da obra de Tolkien
A direita distorce a mensagem de O Senhor dos Anéis, usando a obra de Tolkien para justificar ações que vão contra seus princípios centrais.
Em 2023, uma análise crítica revela como figuras da direita, incluindo Elon Musk, têm mal interpretado as mensagens essenciais de O Senhor dos Anéis. A obra de J.R.R. Tolkien, que aborda a corrupção do poder e a importância da mortalidade, é frequentemente utilizada para justificar ideais opostos.
A distorção da mensagem de Tolkien
Musk, em uma postagem na plataforma X, sugeriu que os hobbits poderiam viver em paz no Shire devido à proteção dos “homens duros de Gondor”. Essa interpretação ignora que são os hobbits, com sua natureza pacífica, que desempenham o papel crucial na derrota do mal. O Departamento de Segurança Interna dos EUA também se utilizou de uma imagem de Merry, um hobbit, em um anúncio de recrutamento, insinuando que a aliança com figuras de direita é necessária para proteger a sociedade.
Erro fundamental na compreensão
A lógica apresentada por Musk e outros membros da direita é falha; no universo de Tolkien, os hobbits são os verdadeiros salvadores, mostrando que a resistência ao poder corruptor é o caminho. A mensagem de que a mortalidade é um presente, e não uma maldição, é um tema central que muitos parecem ignorar. A busca por poder e a tentativa de imortalidade, como demonstrado pelas ações de figuras como Peter Thiel, são retratadas na obra como caminhos que levam à corrupção.
Conclusão: a verdadeira essência de O Senhor dos Anéis
Os líderes da nova direita, em sua busca por poder, falham em reconhecer que a sabedoria de Tolkien destaca que a verdadeira força está na humildade e na recusa ao poder. A história de Saruman serve como um aviso sobre as consequências de ignorar essa verdade. Portanto, a interpretação distorcida de O Senhor dos Anéis por parte da direita revela mais sobre suas falhas do que sobre a obra em si.