Direito autoral das dancinhas: copyright nas redes sociais

Carla Sena/Arte/Metrópoles

Entenda as nuances da proteção de conteúdo nas plataformas digitais.

A discussão sobre direitos autorais nas redes sociais ganha destaque com casos de plágio entre influenciadores.

O debate sobre direitos autorais nas redes sociais, especialmente no que diz respeito às populares dancinhas, está em alta. O cenário se complicou recentemente com a polêmica envolvendo a influenciadora Viih Tube, que admitiu ter se inspirado em outro conteúdo, levantando questões críticas sobre até onde vai a criatividade e onde começa o plágio.

O fenômeno das dancinhas e a originalidade

As dancinhas, que se tornaram um marco nas plataformas digitais, geraram um número crescente de influenciadores que, em busca de visibilidade, replicam tendências. Contudo, a linha entre inspiração e cópia é tênue. Em 2025, Yasmin Arrighi, advogada especializada em direito autoral, elucidou que enquanto as trends em si não são passíveis de proteção, os elementos criativos que as compõem, como músicas e coreografias, são.

Essa distinção é crucial, pois permite que criadores reivindiquem seus direitos sobre obras específicas, mesmo que essas obras façam parte de uma tendência mais ampla. A proteção, portanto, se aplica a aspectos individuais e originais da criação, não à ideia geral da trend.

Casos de plágio e as consequências

A situação se agrava quando influenciadores, como demonstrado pelo caso de Viih Tube, se veem em situações de acusação de plágio. A influenciadora foi criticada por não dar os devidos créditos, levando a um debate sobre a ética na criação de conteúdo. A resposta de Viih Tube, que tentou esclarecer suas intenções, reflete a complexidade do tema e a necessidade de maior conscientização entre criadores.

Recentemente, um caso internacional envolvendo a influenciadora escocesa Kirstie Will e criadores brasileiros destacou ainda mais a importância do respeito à originalidade. A retirada de um prêmio de premiação por plágio é um alerta sobre as consequências de não se respeitar os direitos autorais.

A importância da proteção legal nas redes sociais

As plataformas de redes sociais têm um papel crucial na proteção dos direitos autorais. O YouTube, por exemplo, enfatiza seu compromisso em proteger a propriedade intelectual, oferecendo ferramentas para que criadores possam reivindicar seus direitos. Isso inclui a possibilidade de solicitar a remoção de conteúdo que infrinja direitos autorais, o que é um recurso vital para artistas e criadores.

Instagram e TikTok também se manifestaram, assegurando que possuem diretrizes e mecanismos para que usuários possam reportar violação de direitos autorais. Essa atuação ativa é fundamental para garantir que a criatividade e originalidade sejam respeitadas.

Em um cenário em que a criatividade e a inspiração coexistem, a educação sobre direitos autorais se torna essencial para evitar conflitos e promover um ambiente digital saudável e sustentável. Assim, a discussão sobre direito autoral nas dancinhas e outras tendências se expande, refletindo a necessidade de maior conscientização entre os criadores e a sociedade como um todo.

Fonte: www.metropoles.com

Fonte: Carla Sena/Arte/Metrópoles

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