Impactos da guerra comercial nas exportações do Brasil
A guerra comercial entre China e EUA abre novas oportunidades para a soja brasileira no mercado internacional.
A guerra comercial entre China e Estados Unidos tem beneficiado as exportações de soja do Brasil, que se torna a principal alternativa para atender à demanda chinesa, representando em média 61% de toda a soja negociada globalmente. Com tarifas adicionais impostas por Pequim sobre a soja americana, as exportações brasileiras se destacam ainda mais.
Números e indicadores do caso
Nos últimos anos, a China importou volumes que superam a soma de todos os outros compradores do mundo. Em 2024, os Estados Unidos chegaram a exportar 27 milhões de toneladas de soja para a China, mas esse fluxo foi drasticamente reduzido após a imposição de uma tarifa de 23% por parte de Pequim. Apesar de a soja americana ter preços de até US$ 0,90 por bushel mais baratos, o imposto adicional encareceu o produto em US$ 2 por bushel, inviabilizando a compra.
Reações e impactos no setor
A insatisfação entre os produtores norte-americanos cresce, com o ex-presidente Donald Trump afirmando que a soja será um tema central em sua próxima reunião com o presidente chinês Xi Jinping. A pressão também afeta outros setores, como a fabricante de máquinas CNH, que registrou queda de 20% nas vendas líquidas de equipamentos agrícolas no primeiro semestre de 2025.
O futuro da soja brasileira
A mudança no fluxo global reforça a posição brasileira como principal fornecedor da oleaginosa para a China. Enquanto os agricultores americanos aguardam uma possível retomada das negociações entre Washington e Pequim, os produtores do Brasil continuam a expandir sua participação no maior mercado comprador do mundo.


