A maioria das empresas que contribuíram para o novo salão do presidente é ligada a três firmas de lobby, aponta pesquisa.
Um novo relatório indica que a maioria dos doadores do salão de Trump é representada por três firmas de lobby.
Doadores corporativos do salão de Trump e suas conexões com firmas de lobby
O relatório da Public Citizen, divulgado em 19 de novembro de 2025, revela que a maioria dos doadores corporativos envolvidos na arrecadação de fundos para o novo salão da Casa Branca é representada por três principais firmas de lobby: Miller Strategies, Ballard Partners e Michael Best Strategies. Essas informações emergem em um contexto de crescente preocupação com a transparência na arrecadação de fundos no governo.
O evento que reuniu os doadores ocorreu no Salão Leste da Casa Branca, um espaço que futuramente se conectará ao novo salão de $300 milhões que está sendo construído. Durante o evento, os lobbyistas dessas firmas interagiram com o presidente Trump e representantes de grandes empresas de tecnologia e criptomoedas, como Microsoft e T-Mobile, em um ambiente que mesclou formalidade e networking.
Principais firmas de lobby envolvidas na arrecadação de fundos
As firmadas mencionadas têm desempenhado um papel crucial em conectar seus clientes corporativos com as iniciativas de arrecadação de fundos para o salão. No total, a Ballard Partners representa 11 empresas que contribuíram, incluindo nomes de peso como Amazon e Comcast. A Miller Strategies, por sua vez, tem seis clientes doadores, entre eles Altria e Apple. Já a Michael Best Strategies, presidida por Reince Priebus, ex-chefe de gabinete de Trump, atende cinco doadores, como Hard Rock International e Microsoft.
Esses dados foram corroborados por registros de lobby de 2025, que mostram que os lobbyistas não apenas facilitaram contatos, mas também desempenharam um papel ativo na solicitação de doações de grandes conglomerados.
Reações e questionamentos de senadores democratas
Em resposta às revelações, senadores democratas, incluindo Richard Blumenthal, Elizabeth Warren e Adam Schiff, enviaram questionamentos diretos aos lobbyistas e a Meredith O’Rourke, uma arrecadadora de fundos política. As perguntas incluem detalhes sobre quando foram envolvidos na arrecadação, com quem se comunicaram no círculo do presidente, e qual foi a quantia solicitada a cada um deles para o projeto do salão.
Os senadores expressaram a necessidade de transparência, afirmando que a quantidade significativa de recursos necessária para o projeto exige uma coordenação e expertise que devem ser esclarecidas ao público. Eles ressaltaram que os cidadãos têm o direito de saber quem está financiando a construção do salão, que é um dos maiores projetos de construção na Casa Branca em anos.
Conclusão
A questão da transparência na arrecadação de fundos para o salão de Trump levanta preocupações sobre a influência que grandes doadores e firmas de lobby podem ter sobre decisões políticas e administrativas. A demanda por esclarecimentos por parte dos senadores destaca a importância da responsabilidade e da abertura em processos que envolvem quantias substanciais de dinheiro na política e no governo. Enquanto isso, os lobbyistas envolvidos não são acusados de quaisquer irregularidades, mas a pressão para um maior nível de clareza e responsabilidade continua a crescer.
Fonte: www.cbsnews.com
Fonte: Jennifer Jacobs
