Voos foram monitorados em tempo real, destacando a tensão entre EUA e Venezuela.
Dois caças dos EUA sobrevoaram o Golfo da Venezuela, intensificando as tensões com o governo de Maduro.
Dois caças americanos sobrevoam o Golfo da Venezuela
Na última terça-feira, dois caças F/A-18 Super Hornets realizaram um sobrevoo no Golfo da Venezuela, uma ação que acirra as tensões entre os Estados Unidos e o governo de Nicolás Maduro. Segundo relatos, os jatos permaneceram nas proximidades da cidade de Maracaibo por aproximadamente 40 minutos, com voos que foram amplamente acompanhados por venezuelanos e pela mídia sul-americana através de plataformas como o FlightRadar24, que enfatizou a alta visibilidade das manobras aéreas.
Além dos F/A-18, também foram registrados voos de jatos de guerra eletrônica EA-18G Growler na mesma região, conforme análise do site War Zone. Apesar de a Venezuela reivindicar a soberania sobre o golfo, os EUA têm historicamente contestado essa definição, alegando que as fronteiras venezuelanas invadem águas e espaço aéreo internacional.
O Departamento de Defesa dos Estados Unidos, em declaração ao público, minimizou a importância desse evento, afirmando que as operações de voo na área são rotineiras e legais, realizadas em conformidade com as normas internacionais. O porta-voz do Pentágono enfatizou que as missões têm o objetivo de proteger a pátria, monitorar atividades ilícitas e garantir a estabilidade na região.
Esses voos ocorrem em um contexto de crescente tensão entre os dois países, exacerbada pela reclassificação de traficantes de drogas como combatentes inimigos pela administração Trump. Esse esforço militar contra alegados narcotraficantes resultou em um número significativo de fatalidades, com cerca de 87 pessoas mortas em operações ao largo das costas da América Latina. Críticos das operações militares argumentam que essas ações podem ser ilegais, sugerindo que são basicamente assassinatos extrajudiciais. Um ataque recente, que resultou na morte de dois sobreviventes de um ataque anterior a uma embarcação suspeita de tráfico, gerou indignação entre membros do Congresso, que questionaram a ética das ações do secretário da Defesa, Pete Hegseth.
Em uma entrevista com a Politico, Trump declarou que os dias de Maduro estão contados, reafirmando a intenção de intensificar as campanhas militares contra o tráfico de drogas, afirmando que “vamos golpeá-los em terra muito em breve”. Essa retórica implica em um possível aumento das operações militares dentro do território venezuelano, o que poderia resultar em uma escalada ainda maior das tensões regionais e internacionais.
As implicações dessas ações e declarações são profundas, levantando questões sobre a legalidade das operações militares dos EUA na região, a resposta do governo Maduro e a potencial reação de outros países da América Latina. As ações dos EUA no Golfo da Venezuela não apenas destacam as rivalidades históricas entre os dois países, mas também refletem um panorama mais amplo de lutas de poder na política internacional contemporânea. Enquanto isso, a comunidade internacional observa atentamente o desenrolar desta situação, que pode ter consequências críticas para a segurança e a estabilidade na América Latina.
Fonte: www.theguardian.com
Fonte: Marcelo Garcia/Venezuelan Presidency/AFP/Getty Images


