Acusados de extorquir R$ 500 mil de investigado em processos no Paraná
Dois policiais militares de Santa Catarina foram detidos por extorquir R$ 500 mil de um investigado.
Policiais militares de Santa Catarina são acusados de extorsão
Dois policiais militares de Santa Catarina foram detidos após a acusação de terem exigido R$ 500 mil para deixar de cumprir um mandado contra José Oswaldo Dell’Agnolo, conhecido como Lobo do Batel, investigado em diversos processos no Paraná e com ordem de prisão federal vigente. A situação se agravou quando um funcionário do hotel onde Dell’Agnolo estava percebeu que o hóspede havia recebido um alerta internacional vinculado à Interpol e à Polícia Federal.
Abordagem da dupla e extorsão
O suspeito relatou à Corregedoria que foi abordado por uma dupla de agentes que questionou quanto valeria sua permanência em liberdade. Dell’Agnolo mencionou que o valor solicitado pelos policiais foi aceito na negociação, com a quantia guardada em uma mala dentro do quarto que ocupava. A conversa entre Dell’Agnolo e os policiais ocorreu poucas horas antes da detenção realizada por outra equipe enviada para cumprir a ordem judicial.
Detenção e descobertas financeiras
Após nove horas do primeiro contato dos policiais, um novo grupo retornou ao hotel para executar o mandado de prisão. Dell’Agnolo foi encontrado com cerca de R$ 5 milhões em diferentes denominações. Ele estava foragido há quase duas semanas, durante o qual teria transitado por várias cidades do litoral catarinense. A complexidade do caso se amplia, pois Dell’Agnolo é o fundador da empresa The Boss, que está no centro de uma investigação por captação irregular de recursos, que movimentou aproximadamente R$ 1 bilhão de investidores.
Investigação e respostas da polícia
As investigações indicam que o esquema poderia ser uma pirâmide financeira e ao menos dez pessoas estão sendo apuradas por participação. O montante que, segundo Dell’Agnolo, teria sido entregue aos policiais não foi encontrado durante as diligências. Os dois agentes foram recolhidos ao quartel e agora respondem a um processo interno instaurado pela Corregedoria. Ao mesmo tempo, o Ministério Público acompanha a situação para avaliar a possibilidade de uma denúncia formal por corrupção passiva e outros crimes relacionados.
Consequências para Dell’Agnolo
Após a detenção, Dell’Agnolo foi encaminhado ao Complexo Penal de Itajaí, onde permanece à disposição da Justiça. As apurações continuam, com o objetivo de identificar todos os envolvidos no possível esquema de suborno e elucidar fluxos financeiros ligados à sua empresa investigada, incluindo movimentações recentes rastreadas por operações de inteligência. Este caso destaca questões sérias sobre a integridade das forças de segurança em Santa Catarina e a complexidade das operações de investigação em andamento.
Fonte: www.parana.jor.br
Fonte: PC-SC


