Análise da alta da moeda americana e suas implicações econômicas
O dólar encerrou a sessão em alta, atingindo R$5,58. Entenda os fatores que influenciaram essa elevação.
O dólar avança e encerra a sessão desta segunda-feira, 22 de dezembro de 2025, a R$5,5844, com uma alta de 0,97%. Essa elevação é reflexo das intensas remessas de juros e dividendos que estão sendo enviados para fora do Brasil, um movimento que tem pressionado a moeda americana em relação ao real.
Contexto Econômico e Fiscal
A alta do dólar acontece em um cenário onde o pano de fundo econômico se mostra instável. O Congresso Nacional encerrou os trabalhos de 2025 na última sexta-feira, com a aprovação do Orçamento de 2026, que prevê um superávit primário de R$34,5 bilhões. Este valor está levemente acima da meta fiscal de R$34,3 bilhões, o que representa cerca de 0,25% do Produto Interno Bruto (PIB).
Entretanto, essa sinalização positiva não é suficiente para dissipar a desconfiança do mercado. O boletim Focus, divulgado pelo Banco Central, revela que as projeções para o resultado primário de 2026 ainda indicam um déficit de 0,60% do PIB, o que contrasta com as expectativas otimistas do governo.
Expectativas para o Dólar e a Inflação
Além disso, o boletim também trouxe uma revisão nas expectativas para o dólar. A projeção para o fim de 2025 subiu de R$5,40 para R$5,43, enquanto as estimativas para 2026 permaneceram em R$5,50. Por outro lado, as expectativas de inflação apresentaram uma leve queda, com a mediana para 2025 caindo de 4,36% para 4,33%, e para 2026, de 4,10% para 4,06%.
Conclusão e Olhar para o Futuro
A combinação de remessas elevadas e uma atmosfera de incerteza econômica contribui para a pressão sobre o dólar. Assim, investidores e analistas permanecerão atentos às movimentações do mercado financeiro nos próximos dias, especialmente em relação a novas informações sobre a saúde fiscal do Brasil e suas repercussões na cotação da moeda americana.
Fonte: www.moneytimes.com.br
