Mercado reflete incertezas políticas e geopolíticas em meio à alta das commodities.
O dólar encerrou a sessão a R$ 5,56, impulsionado por incertezas políticas e geopolíticas, apesar da valorização das commodities.
O dólar encerrou a última sessão do mês a R$ 5,56, refletindo um aumento de 0,44%, impulsionado por uma série de incertezas políticas e geopolíticas. O cenário é ainda mais complexo, pois ocorre em um momento em que as commodities, como minério de ferro e petróleo, estão em alta.
Cenário Atual do Mercado de Câmbio
O fluxo de saída de capital e as incertezas quanto ao cenário eleitoral e a geopolítica global têm movimentado o câmbio. O dólar subiu, mesmo com a forte valorização das commodities, que normalmente poderia indicar uma pressão de baixa sobre a moeda americana.
Os contratos futuros do minério de ferro, por exemplo, tiveram um aumento de 2,58%, enquanto o petróleo Brent fechou com um avanço de 2,07%. Esses fatores nem sempre se traduzem diretamente na valorização do real, principalmente quando há um sentimento de insegurança no mercado.
Expectativas para a Economia Brasileira
Os investidores estão atentos a vários fatores que impactam diretamente o câmbio:
Negociações Internacionais: As tratativas de cessar-fogo entre Rússia e Ucrânia, mediadas pelos EUA, estão em foco, assim como as tensões entre os EUA e a Venezuela.
Decisões do Federal Reserve: O mercado aguarda ansiosamente a ata da última reunião do Federal Reserve, que cortou os juros em 0,25 ponto percentual, mas o impacto dessa decisão ainda é incerto.
Dados Econômicos Domésticos: O governo central registrou um déficit primário de R$ 20,172 bilhões em novembro, um valor acima das expectativas do mercado.
Impacto das Commodities na Moeda
Apesar da alta das commodities, o dólar permaneceu forte frente a outras moedas. Isso pode ser atribuído a:
Liquidez Limitada: O ambiente de baixa liquidez nos mercados globais favorece a moeda americana.
- Incertezas Políticas: A situação política interna do Brasil, incluindo a atuação do Banco Central e do STF, continua a gerar volatilidade.
Perspectivas Finais
O secretário do Tesouro, Rogério Ceron, prevê um superávit de cerca de R$ 20 bilhões em dezembro, impulsionado por receitas extraordinárias. Contudo, o déficit acumulado ao longo do ano ainda preocupa, com a meta fiscal definida em déficit zero. O Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M) também mostrou uma variação negativa de 0,01% em dezembro, refletindo pressões inflacionárias.
Diante desse cenário, as expectativas para 2026 permanecem cautelosas, com a previsão de que a inflação continue a ser uma preocupação central para os formuladores de políticas econômicas. O mercado continuará a monitorar de perto as oscilações do dólar e o impacto das commodities sobre a economia brasileira nos próximos meses.
Fonte: www.moneytimes.com.br
Fonte: Money Times