Dólar fecha a R$ 5,39 com expectativas sobre juros nos EUA e Brasil

Agência

A moeda americana teve leve queda em meio a declarações de diretores do Federal Reserve e do presidente do BC brasileiro

O dólar fechou a R$ 5,39, refletindo a influência das taxas de juros nos EUA e declarações do BC brasileiro.

Dólar tem leve queda em meio a declarações sobre juros

O dólar, nesta terça-feira, 5 de outubro, fechou a R$ 5,3950, representando uma queda de 0,12% em relação ao dia anterior. Esse movimento se deu em um dia marcado por declarações de diretores do Federal Reserve (Fed), o Banco Central dos Estados Unidos, e do presidente do Banco Central brasileiro, Gabriel Galípolo.

A moeda americana operou em um contexto de expectativas elevadas sobre a política monetária. Os investidores estão atentos às possibilidades de cortes nas taxas de juros nos EUA. Aproximadamente 80% das apostas indicam que o Fed pode reduzir os juros para a faixa entre 3,50% e 3,75% ao ano. Essa expectativa aumentou em relação à semana passada, quando as chances eram de 71%.

Influência das commodities no câmbio

Além do cenário internacional, a valorização das commodities também contribuiu para a força do real frente ao dólar. O contrato futuro do minério de ferro na China, por exemplo, subiu 0,44%, enquanto o petróleo Brent teve alta de 1,25% na Intercontinental Exchange. Essas elevações são significativas, considerando que o Brasil é um grande exportador desses produtos, o que impacta diretamente sua moeda.

As declarações do presidente do BC, Gabriel Galípolo, em um evento na Federação Brasileira de Bancos (Febraban), também tiveram um papel relevante. Ele destacou que o Banco Central está focado em dados e que as críticas do governo à taxa de juros não o afetam. Galípolo reafirmou que a utilização da taxa de juros será feita sempre que necessário, refletindo uma postura firme da autarquia em relação à inflação.

Desempenho e expectativas da inflação

As projeções para a Selic também foram revisadas. Economistas consultados pelo Banco Central reduziram suas estimativas para a taxa de juros para 12% em 2026, uma queda em relação aos 12,25% anteriormente esperados. Para este ano, a expectativa permanece em 15% ao ano. Esse cenário é acompanhado por uma revisão para baixo das expectativas de inflação, com o Índice de Preço ao Consumidor Amplo (IPCA) projetado em 4,45% para o final de 2025.

Essas movimentações no mercado de câmbio refletem um ambiente de cautela e expectativa. O impacto das declarações do Fed e do BC brasileiro sobre o dólar e o real são elementos cruciais para entender a dinâmica atual do mercado financeiro. A próxima reunião do Comitê Federal do Mercado Aberto (FOMC) nos EUA, marcada para os dias 9 e 10 de dezembro, será um evento chave para o futuro da política monetária e, por consequência, para as flutuações do dólar no Brasil.

Fonte: www.moneytimes.com.br

Fonte: Agência

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