Dólar fecha em alta e Bolsa atinge novo recorde

Marcello Casal Jr/ABr

Impacto do acordo entre EUA e China no mercado financeiro

O dólar subiu 0,39% nesta quinta-feira (30), enquanto o Ibovespa fechou em leve alta, renovando recorde histórico após acordo entre EUA e China.

Nesta quinta-feira (30), o dólar registrou alta de 0,39%, cotado a R$ 5,379, influenciado pelo anúncio de um acordo comercial entre os Estados Unidos e a China. O Ibovespa, em leve variação positiva de 0,09%, alcançou 148.780 pontos, renovando o recorde histórico pelo quarto dia consecutivo.

Encontro entre líderes mundiais

O presidente dos EUA, Donald Trump, e o líder chinês, Xi Jinping, se reuniram em Busan, na Coreia do Sul. O compromisso do governo Trump envolve a redução das tarifas sobre produtos chineses para uma média de 47%, com uma diminuição de cerca de 10 pontos percentuais. Em contrapartida, a China se comprometeu a pausar os controles de exportação de terras raras, essenciais para diversas indústrias, e a trabalhar na interrupção do fluxo de fentanil, um opioide sintético que causa mortes por overdose nos EUA.

Reação do mercado

Apesar das promessas de desescalada, analistas como Leonel Mattos, da StoneX, expressam ceticismo sobre a real eficácia do acordo. Ele aponta que muitas medidas acordadas apenas mantêm o status-quo por mais tempo, e a percepção de que a trégua pode ser frágil persiste. O mercado, portanto, demonstra receios sobre a possibilidade de novas tensões.

Decisão do Fed e implicações econômicas

A alta do dólar e a leve variação do Ibovespa também refletem a recente decisão do Fed, que cortou os juros em 0,25 ponto percentual, com a taxa agora entre 3,75% e 4%. Essa decisão foi justificada pela preocupação com o aumento dos riscos no mercado de trabalho. Jerome Powell, chairman do Fed, enfatizou que a falta de dados confiáveis impõe cautela nas decisões futuras, comparando a situação a dirigir em neblina, onde é necessário reduzir a velocidade.

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