Expectativa de corte na Selic e dados econômicos impulsionam a desvalorização da moeda
O dólar encerrou a sessão a R$ 5,2732, menor nível desde junho de 2024, impulsionado por cortes na Selic.
Dólar registra quinta queda consecutiva e fecha em R$ 5,2732
Nesta terça-feira (11), o dólar, moeda que mede a cotação frente ao real, fechou a R$ 5,2732, com uma desvalorização de 0,64%. Este é o menor nível registrado desde junho de 2024. O movimento é influenciado pela expectativa de um corte na taxa Selic no primeiro trimestre de 2026, após a divulgação da ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) e a desaceleração da inflação.
O desempenho do dólar também seguiu a tendência externa, onde o DXY, que compara a moeda a uma cesta de divisas, operava em baixa de 0,02%. O cenário econômico brasileiro, com dados que indicam um afrouxamento monetário iminente, tem trazido otimismo ao mercado.
Expectativa de corte na Selic e impacto na inflação
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registrou uma alta de 0,09% em outubro, inferior à expectativa de 0,16%. No acumulado do ano, a inflação está em 3,73% e em 12 meses, 4,68%. O Copom expressou preocupação com a trajetória da inflação, mas também indicou uma visão otimista sobre o controle inflacionário, o que pode facilitar cortes na taxa de juros.
O Itaú BBA destacou que a ata trouxe uma visão menos conservadora, aumentando as apostas em cortes na Selic para o início de 2026. A confiança de que a estratégia atual, de manter a Selic em 15%, está funcionando, também é um fator que traz estabilidade ao mercado.
Valorização das commodities e fatores externos
Além da política monetária, a valorização das commodities tem contribuído para a desvalorização do dólar. Os contratos futuros do petróleo Brent, por exemplo, subiram 1,71%, fechando a US$ 65,16 por barril. Isso atendeu ao apetite de risco dos investidores e impactou a moeda.
No cenário internacional, a tramitação de um projeto de lei nos Estados Unidos para financiar o governo também ajudou a enfraquecer o dólar. O acordo, aprovado pelo Senado, visa pôr fim ao ‘shutdown’ que já dura 41 dias, a maior paralisação da história americana. O presidente da Câmara, Mike Johnson, deve votar a proposta nesta quarta-feira (12).
Com o dólar em queda, as expectativas são de que a moeda continue a ser influenciada por fatores econômicos internos e externos, refletindo na confiança dos investidores e no mercado financeiro como um todo.
Fonte: www.moneytimes.com.br
Fonte: Agência