Dólar registra queda e fecha a R$ 5,31 com expectativas de corte de juros nos EUA

Agência

Pressão do mercado de trabalho dos EUA e incertezas em relação ao próximo relatório impactam o valor da moeda

O dólar encerrou a sessão a R$ 5,31, pressionado por dados de emprego nos EUA e apostas de corte nos juros.

Dólar em queda: Entenda as razões e os efeitos

A cotação do dólar no Brasil sofreu uma nova pressão nesta quarta-feira (3), fechando a R$ 5,31, após dados do mercado de trabalho dos Estados Unidos ficarem abaixo das expectativas. A keyphrase “dólar” se destaca no cenário econômico atual, especialmente considerando a influência de políticas monetárias externas sobre o mercado brasileiro.

O fechamento do dólar à vista (USDBRL) representa uma queda de 0,32%, refletindo um movimento de acompanhamento da tendência global. Por volta das 17h (horário de Brasília), o índice DXY, que compara o dólar a uma cesta de divisas, registrou um recuo de 0,49%, alcançando 98.867 pontos. Este recuo no valor do dólar indica que os investidores estão ajustando suas expectativas em relação a possíveis cortes nas taxas de juros pelo Federal Reserve, o banco central dos EUA.

Impactos dos dados do mercado de trabalho dos EUA

As apostas de que o Federal Reserve irá cortar os juros ganharam força após a divulgação do relatório ADP, que revelou a perda de 32.000 postos de trabalho no setor privado em novembro. Esse número representa uma queda significativa em comparação à abertura de 47.000 vagas em outubro, que, por sua vez, foi revisada para cima. Economistas consultados previam a criação de apenas 10.000 novos empregos, um número que também reforça o cenário de fragilidade do mercado.

A relevância deste relatório, embora não seja a referência principal para avaliar o mercado de trabalho dos EUA, se torna ainda mais crítica na ausência do payroll, o relatório oficial de empregos que está atrasado devido ao atual shutdown. As expectativas em torno deste cenário têm gerado nervosismo entre os investidores, que agora avaliam uma probabilidade de 90% de que o Fed anunciará um corte nas taxas de juros na próxima reunião de política monetária.

Expectativas de política monetária

Perto do fechamento do mercado, a ferramenta FedWatch, do CME Group, indicava que há 89% de chance do Federal Reserve reduzir os juros em 0,25 ponto percentual, movendo a faixa de juros para 3,50% a 3,75% ao ano. Isso representa um leve aumento em relação à expectativa de 88% registrada no dia anterior. Em contraste, a probabilidade de manutenção da taxa se reduziu de 12% para 11% em um único dia, refletindo a crescente pressão sobre a necessidade de ações do banco central.

O Comitê Federal do Mercado Aberto (FOMC) do Fed tem sua última reunião de 2025 marcada para a próxima semana, nos dias 9 e 10 de dezembro, e a expectativa é que suas decisões influenciem diretamente o cenário cambial. Do lado brasileiro, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central também se reunirá nas mesmas datas, aumentando a especulação sobre um possível alinhamento nas políticas monetárias das duas economias.

Diferença de juros e impacto sobre o real

Além da pressão causada pelos dados de emprego nos EUA, o dólar também foi afetado por um carry trade favorável à moeda brasileira. A expectativa de corte nos juros nos Estados Unidos, combinada com a manutenção da Selic em 15% ao ano, amplia o diferencial de juros a favor do Brasil, tornando o investimento no real mais atrativo. Essa dinâmica é essencial para entender as flutuações na taxa de câmbio e como elas podem impactar a economia local.

Em resumo, a queda do dólar a R$ 5,31 é influenciada por um complexo conjunto de fatores econômicos, incluindo dados de emprego nos EUA e expectativas de mudanças nas políticas monetárias. Fatores externos, portanto, continuam a ter um papel significativo na valorização ou desvalorização da moeda brasileira, afetando diretamente os investidores e a economia como um todo.

Fonte: www.moneytimes.com.br

Fonte: Agência

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