Expectativa de corte nos juros pelo Fed contribui para a queda da moeda
Dólar à vista encerrou a sessão a R$ 5,3703, com queda de 0,41% nesta segunda-feira (27).
Nesta segunda-feira (27), o dólar à vista encerrou a sessão a R$ 5,3703, apresentando uma queda de 0,41%. Este movimento é reflexo do alívio nas tensões comerciais entre Estados Unidos e China, além da expectativa de cortes nas taxas de juros do Federal Reserve. A keyphrase “dólar recua” se destaca nesse contexto, onde a moeda americana perdeu força em relação a outras divisas.
Expectativas de acordo entre EUA e China
O aumento das expectativas de um acordo comercial entre os EUA e a China tem impulsionado o apetite ao risco dos investidores, reduzindo a demanda por ativos considerados seguros, como o dólar. A eliminação da ameaça de tarifas sobre importações chinesas a partir de 1º de novembro também é um fator positivo. O presidente Donald Trump deve se encontrar com o presidente chinês, Xi Jinping, até o final desta semana na Coreia do Sul.
Expectativa de cortes nos juros
Os investidores estão atentos à reunião do Comitê Federal do Mercado Aberto (Fomc), que começa amanhã (28). A decisão sobre as taxas de juros será divulgada na quarta-feira (29). A ferramenta FedWatch do CME Group mostra que há 96,7% de chance de o Fed reduzir os juros em 0,25 ponto percentual, para a faixa de 3,75% a 4,00% ao ano. Essa expectativa também é um fator que influencia a cotação do dólar.
Impacto da paralisação do governo dos EUA
A paralisação do governo dos EUA já dura 27 dias e é a segunda mais longa da história. Nesse cenário, não há perspectivas claras de um acordo entre democratas e republicanos, o que pode impactar ainda mais a economia americana e, consequentemente, o mercado cambial.
Reações do mercado brasileiro
Os investidores brasileiros estão atentos ao encontro entre Trump e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, realizado no domingo (26) na Malásia. O ministro de Relações Exteriores, Mauro Vieira, informou que os EUA concordaram em um cronograma de negociações sobre tarifas com o Brasil. Além disso, economistas consultados pelo Banco Central reduziram as projeções de inflação, o que pode influenciar as decisões futuras sobre a política monetária no Brasil.
As operações do Banco Central no mercado à vista e no mercado futuro também visam melhorar a liquidez sem influenciar as cotações. O cenário é complexo, mas as expectativas de um acordo entre as potências e a política monetária são fatores-chave a serem observados.