Expectativas de afrouxamento monetário influenciam a cotação da moeda
Dólar cai para R$ 5,31 após resultados fracos do PIB, indicando possibilidade de corte na Selic em janeiro.
Dólar cai para R$ 5,31 com PIB fraco indicando possível corte na Selic
Nesta quinta-feira (4), o dólar apresentou uma queda significativa, encerrando a cotação a R$ 5,3104, o que representa uma desvalorização de 0,05%. A moeda chegou a operar em mínima intradia de R$ 5,2882, refletindo o impacto da desaceleração econômica no Brasil e a expectativa de um possível corte nas taxas de juros nos Estados Unidos. A keyphrase “dólar” destaca a importância desse movimento em relação às dinâmicas do mercado financeiro.
Os investidores reagiram com cautela à divulgação do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil, que mostrou um crescimento de apenas 0,1% entre julho e setembro, permanecendo aquém das expectativas que indicavam uma alta de 0,2%. Esse resultado representa o crescimento mais lento desde a retração de 0,1% registrada no final de 2024. O economista Leonardo Costa, do ASA, enfatizou que a economia está demonstrando uma desaceleração gradual, destacando a fraqueza no consumo das famílias, que pode ser atribuída ao prolongado efeito de uma política monetária restritiva.
A publicação do PIB resultou em uma mudança nas expectativas do mercado, com a curva a termo precificando uma probabilidade de 84% para um corte de 25 pontos-base na Selic durante a próxima reunião do Copom, marcada para janeiro de 2026. Esse percentual subiu em relação aos 78% registrados no fechamento de quarta-feira (3). Além disso, a expectativa de continuação do afrouxamento monetário pelo Federal Reserve (Fed) na próxima semana também influencia a cotação do dólar frente ao real.
O programa FedWatch do CME Group indica uma probabilidade de 87% para um corte das taxas de juros americanas para a faixa de 3,50% a 3,75% ao ano na reunião programada para os dias 9 e 10 de dezembro. Essa reunião será a última do FOMC em 2025, o que gera uma expectativa elevada entre investidores. A combinação desses fatores trouxe uma pressão adicional sobre a moeda americana, que se valoriza em relação a uma cesta de moedas globais, conforme evidenciado pela alta de 0,14% do índice DXY.
O cenário econômico atual sugere que a fragilidade da atividade no Brasil, aliada ao potencial afrouxamento das políticas monetárias nos Estados Unidos, pode levar a um fortalecimento do real em relação ao dólar nos próximos meses. As ações do mercado também estão se adaptando a essas novas expectativas, e o Ibovespa apresentou uma movimentação positiva enquanto os investidores reavaliam suas estratégias no contexto da nova realidade econômica.
A volatilidade no câmbio e os fatores internos e externos exigem cautela dos investidores, que devem acompanhar de perto as próximas divulgações econômicas e as reuniões de política monetária. A atenção se volta especialmente para os sinais de recuperação econômica que podem influenciar a trajetória futura da Selic e, consequentemente, a cotação do dólar.
Fonte: www.moneytimes.com.br
Fonte: Agência


