A volatilidade no câmbio é influenciada por dados econômicos e decisões de política monetária
Na terça-feira (4), o dólar à vista encerrou a sessão a R$ 5,3989, com alta de 0,77%, refletindo a aversão ao risco e expectativas sobre juros.
Nesta terça-feira (4), o dólar à vista encerrou a sessão a R$ 5,3989, registrando uma alta de 0,77%. O aumento foi impulsionado pela escalada da aversão ao risco e pela expectativa em relação à trajetória dos juros tanto nos Estados Unidos quanto no Brasil.
Cenário fiscal e política monetária
A expectativa pela decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), que deve manter a Selic em 15% ao ano, movimentou o mercado de câmbio. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que, mesmo diante de pressões, a taxa de juros terá que cair, citando uma melhora nas expectativas de mercado e nos dados de inflação.
Além disso, na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, a votação de um projeto que eleva a tributação de apostas online foi adiada, assim como a proposta para ampliar a faixa de isenção do Imposto de Renda. O relator, senador Eduardo Braga, estima que as mudanças podem gerar R$ 5 bilhões em arrecadação em 2026.
Dados econômicos e impacto internacional
Os dados da produção industrial mostraram um recuo de 0,4% em setembro, refletindo a falta de tração que o setor vem enfrentando. No cenário internacional, discursos mais duros do Federal Reserve sobre a trajetória dos juros e preocupações com o mercado de ações também influenciaram a volatilidade do câmbio.
No exterior, a paralisação do governo dos Estados Unidos completou seu 35º dia, o que pode impactar ainda mais a economia global.
O DXY, que compara o dólar a uma cesta de divisas, operou em alta, refletindo a volatilidade e as incertezas do mercado.