As eleições midterm atraem atenção internacional e refletem a influência dos EUA

Donald Trump celebra vitória de Javier Milei nas eleições argentinas, refletindo a influência dos EUA.

No último domingo, os argentinos votaram em eleições midterm que atraíram uma atenção internacional incomum, especialmente devido ao potencial pacote de resgate de US$ 40 bilhões prometido a Buenos Aires por Washington. O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, deixou claro que essa injeção de capital estava condicionada aos resultados eleitorais. A vitória de Javier Milei, presidente da Argentina e aliado de Trump, representou um marco, com seu partido, La Libertad Avanza, obtendo mais de 40% dos votos.

O impacto da vitória de Milei

Milei, que se autodenomina “anarcocapitalista”, tem promovido uma agenda de austeridade severa, cortando gastos em saúde e educação, o que resultou em um aumento da pobreza para quase 53% da população. A vitória nas eleições de domingo foi crucial para a continuidade de sua estratégia, que favorece setores elitistas do país, enquanto a maioria da população enfrenta dificuldades financeiras.

Relação EUA-Argentina

Trump, celebrando a vitória de Milei, insinuou que a sua administração tinha contribuído significativamente para esse resultado, afirmando que Milei “recebeu muita ajuda de nós”. O secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, afirmou que a intenção era que a Argentina pudesse “ser grande novamente”, um eco da famosa frase de campanha de Trump. Essa relação simbiótica sugere que os EUA estão prontos para aumentar sua influência na Argentina, mesmo em meio a um cenário de austeridade e repressão social.

Austeridade e suas consequências

A política de Milei não é sem controvérsias; sua abordagem tem levado a violentas repressões contra manifestantes e a um aumento no número de pessoas com deficiência devido a suas políticas de demissão. A situação é preocupante, com a população se mobilizando contra as severas medidas de austeridade que têm afetado a qualidade de vida em diversas áreas. As eleições midterm não apenas revitalizaram a agenda de Milei, mas também abriram caminho para um estreitamento ainda maior das relações entre os EUA e a Argentina, à medida que o país lida com as consequências de suas políticas econômicas.