Entidade emite nota de repúdio à Operação Contenção
A Defensoria Pública da União repudiou a ação policial no Rio, que resultou em 64 mortes, criticando a Operação Contenção.
DPU critica letalidade policial e repudia ações no Rio de Janeiro
Em 29 de outubro de 2025, a Defensoria Pública da União (DPU) criticou o aumento da violência e da letalidade policial no Rio de Janeiro, repudiando a Operação Contenção, deflagrada pelas forças de segurança do estado na terça-feira (28). A DPU expressou preocupações com os direitos humanos e a segurança da população diante da intensificação das ações policiais.
A DPU afirmou que as operações de segurança pública não devem resultar em execuções sumárias ou violações de direitos humanos, principalmente em comunidades historicamente marcadas por desigualdade. Segundo informações oficiais, a operação resultou em 64 mortes, incluindo quatro policiais. Mais de 100 pessoas foram detidas e diversas armas foram apreendidas, com relatos de que o número de mortos pode ser ainda maior.
Repercussão e posicionamentos
O Supremo Tribunal Federal (STF) homologou um plano de redução da letalidade policial, exigindo medidas complementares às operações, visando a proteção dos direitos humanos. A DPU destacou que a segurança pública deve ser garantida em consonância com a dignidade das pessoas, especialmente da população negra e periférica, frequentemente mais afetada por operações letais.
O governador Cláudio Castro, em entrevista, reconheceu que a Operação Contenção foi autorizada pelo Judiciário, mas admitiu que a ação pode ter excedido as competências do governo. Ele sugeriu a necessidade de apoio das Forças Armadas, indicando uma situação de guerra contra organizações criminosas, que, segundo ele, vai além do que o estado pode enfrentar sozinho.