Por Pedro Ernesto Macedo
O Brasil convive, há décadas, com uma contradição silenciosa: nunca se falou tanto em saúde e nunca se adoeceu tanto. A hipertensão mal acompanhada, a pré-diabetes negligenciada, a obesidade tratada como estética e não como doença, as infecções renais banalizadas e as pedras nos rins empurradas para a mesa cirúrgica compõem um cenário em que a medicina, muitas vezes, chega tarde. É nesse ponto — antes do colapso, antes da urgência, antes da estatística — que a atuação do Dr. Carlos Machado se torna essencial para o país.
Com mais de quarenta anos de experiência médica, o Dr. Carlos Machado construiu uma trajetória que não se limita à excelência técnica. Sua relevância está na forma como pensa a medicina: não como um conjunto de procedimentos isolados, mas como uma prática contínua de responsabilidade humana. Em um sistema que frequentemente trata doenças como eventos pontuais, ele insiste em enxergá-las como processos — longos, silenciosos e, sobretudo, evitáveis.
A hipertensão arterial e a pré-diabetes, quando mal conduzidas, não são apenas diagnósticos clínicos: são prenúncios. Antecipam infartos, AVCs, insuficiência renal e perdas irreversíveis. O que o Dr. Carlos Machado afirma, com a autoridade de quem acompanha gerações de pacientes, é que essas doenças não evoluem por acaso. Elas avançam porque a medicina, muitas vezes, se rende à pressa, ao protocolo automático e à fragmentação do cuidado.
Sua formação pela Escola Paulista de Medicina, da Universidade Federal de São Paulo, aliada ao mestrado, doutorado, PhD e ao pós-doutorado realizado em Nova York, na Cornell University, com atuação no Memorial Sloan Kettering Cancer Center, deu-lhe uma visão rara: a capacidade de unir rigor científico internacional com leitura sensível da realidade brasileira.
Mas o que diferencia o Dr. Carlos Machado não é o acúmulo de títulos. É a forma como ele recusa a medicina do excesso. Em tempos de medicalização agressiva, de cirurgias apressadas e soluções imediatistas, ele aposta no caminho mais difícil: tratar sem mutilar, cuidar sem violentar o corpo. Seus métodos para o tratamento de pedras nos rins sem cirurgia ou explosão, o manejo clínico das infecções renais e a abordagem da obesidade sem dependência de injeções reafirmam uma ética médica que coloca o organismo como aliado, não como inimigo.
Essa postura encontra ressonância em Aristóteles, quando afirmava que a virtude está no meio do caminho. A medicina virtuosa não é a que age demais nem a que se omite, mas a que compreende o momento exato da intervenção. Curar, nesse sentido, não é dominar o corpo, mas restaurar sua ordem.
O pensamento do Dr. Carlos Machado também se projeta para além do consultório, alcançando o ambiente empresarial. Seu Projeto de Saúde Empresarial parte de uma constatação simples e ignorada: empresas adoecem quando seus funcionários adoecem. Afastamentos frequentes, altos índices de turn-over e queda de produtividade não são falhas individuais, mas sintomas de sistemas que exploram o corpo até o limite. Ao propor estratégias de cuidado contínuo, ele demonstra que melhorar a saúde dos colaboradores reduz atestados, diminui demissões e pode elevar o faturamento em até 10%.
Aqui, sua medicina encontra diálogo com Michel Foucault, para quem o corpo é o primeiro território de poder. Um trabalhador adoecido é descartável; um trabalhador saudável é consciente. Cuidar da saúde, portanto, não é apenas uma escolha clínica, mas uma decisão política e ética.
Professor em três universidades de São Paulo, o Dr. Carlos Machado forma médicos que aprendem a escutar antes de prescrever. Ele ensina que exames não substituem a escuta, que protocolos não substituem o olhar atento e que nenhuma tecnologia supera a compreensão profunda do paciente como ser humano inserido em uma história, em um trabalho e em uma sociedade.
Sua importância para o Brasil reside nessa visão ampla. Em um país marcado por desigualdades, onde a doença frequentemente é tratada como destino, sua prática reafirma que prevenção é inteligência social. Que cuidar antes é mais humano do que remediar depois. Que a medicina não deve apenas prolongar a vida, mas preservar sua qualidade.
Em tempos de soluções rápidas e promessas fáceis, o Dr. Carlos Machado representa a medicina do tempo longo, da reflexão e da responsabilidade. Ele nos lembra que o corpo fala antes de gritar, que a doença avisa antes de destruir e que a verdadeira cura começa quando a medicina volta a pensar. Em um Brasil que ainda aprende a cuidar de si, médicos assim não apenas tratam doenças — ajudam a reconstruir consciências.
