A antena de 70 metros da NASA está fora de operação desde setembro após um incidente mecânico
A antena DSS-14 da NASA está inativa desde setembro devido a um incidente mecânico.
DSS-14: A antena crucial da NASA e seu recente incidente
O DSS-14, uma antena de 70 metros localizada no Goldstone Deep Space Communications Complex, na Califórnia, encontra-se inativa desde 16 de setembro de 2025. O incidente que resultou na sua paralisação foi confirmado pelo Laboratório de Propulsão a Jato da NASA (JPL) em 10 de novembro. O problema de danos mecânicos foi causado por um giro excessivo que pressionou as cablagens e os tubos centrais da estrutura.
As consequências imediatas do incidente
O dano resultou em falhas no sistema de supressão de incêndios, provocando inundações que foram rapidamente controladas pela equipe técnica. A situação expõe a crescente pressão operacional sobre a Rede de Espaço Profundo (DSN), que já enfrenta desafios devido ao aumento da demanda por comunicação com missões distantes. O DSS-14 é fundamental para a recepção de sinais fracos, essenciais para o sucesso de várias missões.
Avaliações e reparos em andamento
Os engenheiros da NASA já começaram a avaliar as reparações necessárias, embora não se espere que a antena retorne ao serviço em breve. As principais causas do acidente foram identificadas como a rotação fora dos limites permitidos e o estresse nas cablagens e tubos. A equipe técnica está realizando uma investigação detalhada do incidente, com um conselho de investigação estabelecido pelo JPL.
A importância do DSS-14 para a exploração espacial
O DSS-14 opera próximo a Barstow, na Califórnia, e possui cerca de 2700 toneladas de peso, com uma precisão de superfície que permite a captura de sinais fracos a uma distância considerável. Desde sua instalação em 1966, a antena teve uma expansão significativa em 1988 para acompanhar as missões de exploração, como a Voyager 2. Suas capacidades incluem comunicações nas bandas X e S, além de experiências em radar planetário.
Desafios enfrentados pela Rede de Espaço Profundo
Outras interrupções significativas na rede ocorreram anteriormente, como em 2020 e 2021, quando o DSS-43, na Austrália, ficou sem operação por 11 meses devido a atualizações, afetando a comunicação com a Voyager 2. A falta de manutenção adequada dos grandes antenas, como o DSS-14, resultou em paradas prolongadas. O complexo Goldstone, parte da DSN, também abriga antenas de 34 metros que atuam como suporte.
O futuro da comunicação espacial e as próximas etapas
A NASA está considerando a expansão com novas antenas de 34 metros para aliviar a carga das antenas maiores, mas a obsolescência das estruturas maiores se torna uma preocupação constante. Em 2023, o escritório do inspetor geral da NASA alertou que a participação na DSN já ultrapassou os limites, devido ao crescente número de missões. Mais de 30 espaçonaves dependem da rede simultaneamente, incluindo telescópios e sondas lunares. A missão Artemis 1 em 2022 consumiu uma parte significativa da capacidade da DSN, exigindo ajustes nas operações do Telescópio Espacial James Webb.
Impactos nas missões e alternativas
As missões afetadas incluem a Voyager, Psyche e cubesats cislunares. Como alternativa, telescópios como o Parkes, na Austrália, podem ser utilizados. A visão para o futuro inclui a implementação de novas antenas BWG para cobrir frequências completas. Essas estruturas são projetadas para captar sinais a bilhões de quilômetros, focando energia em feixes precisos para navegação e dados científicos.
Conclusão
DSS-14, também conhecido como o “Antena de Marte” por seu papel nas comunicações da Mariner 4 em 1965, continua a ser uma parte vital da infraestrutura de comunicação da NASA, monitorando asteroides e outras missões críticas. A substituição de matrizes de 34 metros está programada para 2030, mas exige rigorosos testes. A DSN opera 24 horas por dia, garantindo cobertura contínua, com locais espaçados em 120 graus para assegurar a visibilidade. A precisão da superfície de 3.850 metros quadrados ajuda a evitar distorções que possam comprometer as operações. Engenheiros utilizam espelhos de ondas de rádio para direcionar sinais para salas subterrâneas, facilitando os desenvolvimentos futuros. A situação do DSS-14, classificada como “manutenção não planejada”, destaca a necessidade de uma atenção contínua às infraestruturas críticas da NASA.
Fonte: www.mixvale.com.br
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