Economista-chefe da Lifetime comenta sobre a Selic

Marcela Kawauti - selic copom

Copom mantém taxa em 15% ao ano, sem sinal de queda

O Copom manteve a Selic em 15% ao ano, e a economista-chefe da Lifetime, Marcela Kawauti, afirma que o tom do comunicado foi mais duro, eliminando possibilidades de queda.

Na quarta-feira (5), o Comitê de Política Monetária (Copom) manteve a Selic em 15,00% ao ano, no maior nível da taxa básica de juros desde meados de 2006. A decisão foi unânime e, segundo Marcela Kawauti, economista-chefe da Lifetime, o comunicado teve um tom mais duro do que se esperava, eliminando as chances de um possível afrouxamento monetário ainda neste ano.

Tom mais duro e futuro da Selic

Kawauti observou que, apesar de reconhecer a desaceleração da atividade econômica e a queda nas expectativas de inflação, o Copom não descartou a possibilidade de subir os juros. A economista acredita que, mesmo que um novo ciclo de aperto não esteja no cenário-base, a abertura para uma alta nos juros indica que o Copom “ainda não está confortável em baixar a Selic”.

Cenário fiscal como limitador

Ela enfatizou que o cenário fiscal continua sendo um limitador para o início de um afrouxamento monetário. A possibilidade de piora fiscal poderia exacerbar a pressão de demanda sobre a inflação. Além disso, a relação com o dólar também é crucial, já que uma elevação do dólar pode complicar ainda mais o cenário econômico.

Impacto externo e incertezas

Recentemente, o Comitê Federal do Mercado Aberto (Fomc) dos Estados Unidos cortou os juros, mas isso não deve trazer alívio imediato para a Selic brasileira. Kawauti pontuou que a situação do Fed é complicada, especialmente devido ao impacto das políticas tarifárias. A incerteza do cenário, com dados relevantes da economia em falta, aumenta a dificuldade de prever o futuro da Selic.

Fonte: www.moneytimes.com.br

Fonte: Marcela Kawauti – selic copom

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