Como o calor absorvido pelo mar eleva o risco de furacões de categoria 4 ou 5
O aquecimento oceânico está aumentando o risco de furacões de categoria 4 ou 5 em até 10%.
O aquecimento oceânico está diretamente ligado ao aumento da intensidade dos furacões, elevando o risco de tempestades de categoria 4 ou 5 em até 10%. Este fenômeno é resultado da absorção de calor pelos oceanos, que, segundo meteorologistas, absorveram cerca de 90% do excesso de calor gerado pelas emissões de gases de efeito estufa nas últimas quatro décadas. Essa energia térmica acumulada intensifica as tempestades, aumentando sua força e o potencial de destruição ao atingir áreas costeiras.
A relação entre aquecimento global e furacões
Pesquisas recentes evidenciam que a crise climática está não apenas aumentando a força dos furacões, mas também a quantidade de umidade que eles carregam. A temperatura mais elevada da superfície do mar permite que a atmosfera retenha mais vapor d’água, resultando em chuvas torrenciais. Isso significa que furacões que se movem lentamente podem despejar grandes volumes de água em um mesmo local, elevando o risco de inundações severas e deslizamentos de terra.
Estudos indicam que a intensidade de chuvas durante furacões aumentou entre 8% e 11% devido às mudanças climáticas, um aumento que se reflete em desastres naturais mais frequentes e devastadores. As evidências são claras: o aquecimento global está alterando o padrão de formação e a intensidade das tempestades tropicais, como demonstrado por análises da temporada de furacões de 2020.
Impactos da velocidade dos ventos
Com a aceleração do aquecimento do planeta, a velocidade dos ventos das tempestades também aumentou significativamente. Dados mostram que a influência humana tem elevado a velocidade máxima dos ventos em até 45 km/h em alguns casos. Isso representa um sério risco para comunidades costeiras, que muitas vezes não estão preparadas para enfrentar a força dessas tempestades. O NOAA prevê que, caso a temperatura global aumente em 2°C, os ventos das tempestades poderão ser até 10% mais fortes, o que pode ter consequências devastadoras.
Alterações nas temporadas de furacões
Além da intensidade, o aquecimento oceânico também está prolongando as temporadas de furacões e ampliando suas áreas geográficas de atuação. Um estudo indicou que os furacões estão iniciando suas trajetórias em meses antes do que era observado no século passado. Essa mudança traz um aumento significativo na frequência de ciclones tropicais nas regiões que historicamente não eram afetadas, aumentando ainda mais o risco nas áreas urbanas densamente povoadas, como Tóquio e Nova York.
A vulnerabilidade das cidades
As grandes cidades, como Tóquio, Pequim, Nova York e Boston, enfrentam desafios crescentes à medida que esses padrões climáticos mudam. A infraestrutura dessas cidades não foi projetada para suportar a quantidade de chuva e vento que os furacões modernos podem trazer. O furacão Sandy, que atingiu a costa leste dos EUA em 2012, exemplifica esse risco. Apesar de ser classificado como categoria 1, provocou danos bilionários devido ao seu impacto intenso.
Conclusão: a necessidade de ação
A crescente intensidade e frequência dos furacões, impulsionadas pelo aquecimento oceânico, ressaltam a urgência de ações significativas para mitigar as mudanças climáticas. Com o mundo já experimentando um aumento de temperatura de 1.1°C em relação aos níveis pré-industriais, é imperativo que comunidades e governos se preparem para enfrentar as novas realidades climáticas. A ciência continua a alertar sobre os riscos, e a necessidade de um planejamento adequado para desastres naturais é mais crucial do que nunca.
Fonte: www.mixvale.com.br
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