Elas sobem ao púlpito: o avanço das mulheres no mercado de leilões do Brasil

Arquivo pessoal.

Profissionais quebram barreiras em um setor historicamente masculino e encontram nos leilões online um caminho de protagonismo, segurança e independência financeira

 


Durante quase um século, o universo dos leilões oficiais foi território quase exclusivo dos homens. Regulamentada desde 1932, no governo de Getúlio Vargas, a profissão de leiloeiro sempre carregou tradição, prestígio e remuneração alta — com ganhos que podem ultrapassar seis dígitos anuais para quem movimenta grandes arremates.
Mas, aos poucos, um movimento silencioso vem mudando essa paisagem: as mulheres estão ocupando o púlpito e transformando o setor.


A presença feminina cresce e redefine o mercado

O envolvimento feminino no mercado de leilões está em ascensão. Cada vez mais mulheres participam, lideram e se tornam especialistas reconhecidas, impulsionadas especialmente pela expansão dos leilões online.

A digitalização trouxe segurança jurídica, transparência e clareza nas regras — elementos que atraem um público feminino crescente em busca de independência financeira e novas oportunidades de investimento. Plataformas digitais também criam um ambiente mais acolhedor, acessível e distante da imagem dos tradicionais salões predominantemente masculinos.

Essa entrada feminina ecoa o movimento observado em outros setores financeiros. Segundo dados da B3, o número de mulheres investidoras na bolsa cresceu 85,6% entre 2020 e 2024, alcançando 26% do total. Nos leilões, esse salto é ainda mais evidente.


A trajetória de Fernanda Toporoski: de vendedora à referência entre leiloeiras

Entre os nomes que simbolizam essa virada está Fernanda Toporoski. Após anos atuando na área comercial, decidiu seguir os passos do marido, o também leiloeiro Guilherme Toporoski, e descobriu sua vocação no setor.
Hoje, ela se tornou uma das principais referências femininas em um mercado historicamente masculino e atua na plataforma da Topo Leilões.

“Ainda somos poucas, porém muito atuantes. O ambiente sempre foi dominado por homens, mas esse quadro está mudando, principalmente com a força dos leilões online”, afirma Fernanda.

A capacidade de resolver conflitos — característica essencial para quem atua em leilões — surgiu cedo na vida da empreendedora. Aos 13 anos, em seu primeiro emprego, percebeu que encontrar soluções a instigava.
“Empreender, para mim, é enxergar além e agir antes. Faz parte do meu dia a dia. O empreendedorismo é a minha ferramenta: criar e resolver dores”, destaca, citando Oprah Winfrey como uma de suas grandes inspirações no mundo dos negócios.

 

Arquivo pessoal.


Confiança, segurança e novas oportunidades para iniciantes

Fernanda reforça que a combinação entre regras claras, segurança jurídica e retornos atrativos faz dos leilões um ambiente favorável para mulheres que querem começar a investir.

Seja como leiloeiras profissionais ou como investidoras ativas, as mulheres começam a ocupar espaço em uma das mais antigas e conservadoras carreiras do país. O que antes era um mercado fechado, agora encontra no protagonismo feminino novas formas de crescer.


As três dicas de Fernanda para quem quer empreender

Fernanda compartilha orientações objetivas para quem deseja iniciar sua trajetória no empreendedorismo:

  • Defina a dor que você resolve e a solução que entrega.

  • Pense na escalabilidade do seu negócio.

  • Pense grande — ambição é combustível para ir além.

Seu maior sonho dentro do empreendedorismo é construir um legado entre jovens de baixa renda, ensinando-os a criar e escalar grandes negócios.





E se você é empreendedor(a) e quer ver sua trajetória aqui na coluna, escreva para: 

kelbraga.folhadecuritiba@gmail.com

Fonte: Assessoria de Imprensa. / Fotos: arquivo pessoal.
Texto final: Kel Braga

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