O país se prepara para um novo capítulo político e econômico com a eleição presidencial
A Bolívia se prepara para eleições presidenciais em meio a desafios econômicos significativos.
A Bolívia irá às urnas no domingo (18) em um cenário carregado de expectativas e desafios. A eleição presidencial representa o fim de duas décadas de governo socialista, durante as quais a economia do país enfrentou um colapso significativo. Quase 8 milhões de bolivianos estão aptos a votar, enquanto as promessas de mudança ecoam diante de uma realidade econômica difícil.
Cenário econômico
Os títulos soberanos da Bolívia apresentaram um retorno próximo a 40% neste ano, destacando-se entre os melhores desempenhos de mercados emergentes. Contudo, fatores como inflação crescente, déficit orçamentário e escassez de dólares têm gerado preocupações. A percepção positiva do mercado pode não refletir a complexidade dos desafios que o próximo presidente enfrentará.
Candidatos e propostas
Rodrigo Paz, senador centrista, e Jorge Tuto Quiroga, ex-presidente, disputam o segundo turno. Ambos têm propostas semelhantes quanto ao controle dos gastos públicos e à eliminação gradual dos subsídios aos combustíveis, mas com abordagens diferentes. Enquanto Paz promete um “capitalismo para todos”, Quiroga se posiciona de forma conservadora, atraindo eleitores desconfiados do partido MAS, antes dominante no país.
Desafios à vista
Ambos os candidatos precisarão lidar com uma economia em crise, com a inflação superando 23% no último ano e um crescimento econômico negativo de 2,4% no primeiro semestre. A necessidade de reformas fiscais e a pressão das obrigações da dívida externa são desafios que terão que ser enfrentados imediatamente. O próximo governo também será pressionado a buscar um novo empréstimo do FMI, o que poderá implicar uma depreciação da moeda local.
Conclusão
A eleição de domingo não é apenas uma escolha política, mas um teste econômico para a Bolívia. As urnas abrirão às 8h e fecharão às 16h, com resultados preliminares esperados para por volta das 20h. A capacidade de implementar mudanças eficazes e a resposta da sociedade a essas medidas serão cruciais para a recuperação do país.