Eletrobras vende último grande risco e ações sobem

Eletrobras

Venda da participação na Eletronuclear impulsiona os papéis da estatal

A Eletrobras anunciou a venda de sua participação na Eletronuclear por R$ 535 milhões, impactando positivamente suas ações.

Nesta quarta-feira (15), a Eletrobras (ELET3; ELET6) anunciou que assinou contrato com a J&F para a venda de sua participação minoritária na Eletronuclear por R$ 535 milhões. A venda ocorre às 11h30 (horário de Brasília), e as ações da Eletrobras avançaram 2,39% e 2,47%, respectivamente. Essa transação marca a entrada da J&F na geração nuclear e libera a Eletrobras de obrigações significativas associadas ao setor.

Detalhes da venda

A Âmbar Energia, veículo da J&F, passará a deter 68% do capital total e 35,3% do capital votante da Eletronuclear, que permanece sob controle do governo por meio da ENBPar. A J&F assumirá garantias prestadas pela Eletrobras e se responsabilizará pela subscrição de debêntures no valor de R$ 2,4 bilhões, conforme acordo com o Governo Federal.

Impacto no mercado

O Itaú BBA considera essa venda como o último grande esforço para reduzir riscos da Eletrobras, destacando três aspectos positivos: a liberação da obrigação de subscrever debêntures, a eliminação de garantias de R$ 6 bilhões e a possibilidade de criar um crédito tributário significativo. O Bradesco BBI enfatiza que a venda representa uma redução de risco na taxa de desconto, fundamental para a tese de investimento da Eletrobras.

Estratégia de desinvestimento

A operação é coerente com a estratégia da Eletrobras de se consolidar como a maior empresa de energia elétrica renovável do Brasil após a privatização. A venda também reduz incertezas jurídicas e regulatórias, abrindo espaço para novos investimentos e dividendos aos acionistas. Apesar de um impacto contábil negativo pontual, a companhia continua a desinvestir em termelétricas, demonstrando consistência na alocação de recursos para geração renovável e transmissão.

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