A campeã do Jabuti fala sobre sua experiência e o impacto da IA no processo criativo
Eliana Alves Cruz comenta sobre o uso de inteligência artificial na literatura durante a FLIS.
Eliana Alves Cruz e a inteligência artificial na literatura
Na Feira Literária Internacional de Saquarema, realizada em 18 de novembro de 2025, a renomada escritora Eliana Alves Cruz abordou o tema do uso de inteligência artificial (IA) na literatura. Vencedora do Prêmio Jabuti em 2022 com a obra “A Vestida”, Eliana compartilhou suas reflexões sobre a regulação e o impacto desta tecnologia na escrita.
A experiência de Eliana com a IA
Durante sua palestra, Eliana afirmou que nunca utilizou IA para compor suas obras, destacando que essa escolha não reflete um juízo de valor sobre a ferramenta. “Ainda não entrou na minha rotina e credito a isso um pouco à falta de hábito”, declarou. A escritora enfatizou que muitas pessoas ainda escrevem por amor e prazer, sem a necessidade de delegar essa atividade a uma máquina.
O novo livro: A Meridiana
Além de suas reflexões sobre a inteligência artificial, Eliana Alves Cruz anunciou o lançamento de seu novo livro, intitulado “A Meridiana”. Publicado pela Companhia das Letras, a obra narra a trajetória de uma família negra ao longo de três gerações, abordando dilemas e conquistas no processo de ascensão social.
A narrativa de Meridiana
Em “A Meridiana”, Eliana constrói uma narrativa rica e engenhosa, onde cada membro da família conta sua própria história em primeira pessoa. Isso permite uma pluralidade de vozes que revela a complexidade das experiências vividas por cada personagem. A autora busca destacar a singularidade de cada travessia, mostrando que não há um caminho único para todos.
Reflexões sobre o futuro da literatura
Eliana Alves Cruz, considerada uma das maiores talentos da literatura brasileira contemporânea, provocou uma reflexão importante sobre o futuro da escrita em tempos de avanços tecnológicos. Ela alerta que a verdadeira essência da escrita não pode ser replicada por máquinas, e que a motivação humana para criar deve ser resgatada. “Como podemos reagir? Resgatando em nós os propósitos que nos compelem a escrever”, concluiu a escritora.
Com uma carreira marcada por prêmios e reconhecimento, Eliana continua a inspirar novos escritores e leitores, mostrando que a literatura é um espaço de expressão pessoal e coletiva. Seu novo livro, “A Meridiana”, promete ser mais uma contribuição significativa para o cenário literário brasileiro.
Fonte: www.metropoles.com
Fonte: Tomaz Silva/ Agência Brasil