Declarações surgem após sanção à sua empresa X por práticas enganosas.
Elon Musk propôs a abolição da UE após multa de 120 milhões de euros à sua empresa X.
Elon Musk critica a União Europeia após multa à sua empresa X
Elon Musk, CEO da companhia X, provocou uma onda de críticas à União Europeia ao solicitar sua abolição, logo após o bloco impor a ele uma multa exorbitante de 120 milhões de euros (cerca de 140 milhões de dólares). A sanção foi aplicada devido a várias infrações que incluem a ‘designação enganosa’ do seu famoso ‘checkmark azul’, além da falta de transparência em seu repositório de anúncios e a negativa em fornecer acesso a dados públicos para pesquisadores.
A decisão do bloco foi anunciada na sexta-feira, após uma investigação de dois anos em conformidade com a Lei de Serviços Digitais (DSA), uma normativa criada em 2022 para regulamentar as plataformas online. Em resposta à notificação da comissão, Musk não poupou palavras e classificou a decisão como “bulls—” em uma publicação no X.
No dia seguinte, Musk intensificou seus ataques, afirmando que “a UE deve ser abolida e a soberania devolvida aos países individuais, para que os governos possam representar melhor seus cidadãos”. Essas declarações de Musk se alinham com a resistência crescente de vários oficiais do governo dos EUA contra a decisão da UE.
O Secretário de Estado Marco Rubio caracterizou a multa como um “ataque a todas as plataformas tecnológicas americanas e ao povo americano por governos estrangeiros”. Em um tweet posterior, Andrew Puzder, representante dos EUA na UE, destacou que a multa excessiva de 120 milhões de euros evidenciava o excesso regulatório da UE, que mira na inovação americana.
#### Investigação e implicações para a X
A Comissão Europeia identificou várias violações, incluindo o design enganoso do ‘checkmark azul’, a falta de clareza em sua publicidade e a falha em conceder acesso a dados públicos para importantes pesquisas. Henna Virkkunen, executiva responsável pela soberania tecnológica, segurança e democracia na Comissão, afirmou que a primeira decisão de não conformidade da DSA responsabiliza a X por minar os direitos dos usuários e evadir a responsabilidade.
Agora, a empresa possui um prazo de 60 dias para informar à Comissão sobre como pretende sanar os problemas relacionados ao ‘checkmark’ e 90 dias para resolver as questões sobre a transparência em anúncios e fornecer acesso aos dados para pesquisa. A Comissão alertou que a não conformidade pode resultar em penalidades financeiras periódicas.
Por fim, a X.ai, a companhia que detém a marca X, e a Comissão foram contatadas para comentar sobre a situação. As movimentações em torno desta questão não apenas refletem a tensão entre o setor tecnológico e os reguladores europeus, mas também a crescente inclinação de líderes americanos em defender interesses das empresas nacionais frente a legislação que consideram hostil.


