Elon Musk e sua visão de uma sociedade sem trabalho e sem dinheiro

CBT News

O futuro imaginado por Musk propõe uma nova realidade onde o trabalho é opcional e a moeda tem pouca importância.

A visão de Musk de um futuro sem trabalho e sem dinheiro levanta questões sobre o papel da sociedade e das relações humanas.

Em uma recente declaração no Fórum de Investimento EUA-Arábia Saudita, Elon Musk apresentou sua visão de uma “sociedade sem trabalho e sem dinheiro”. A keyphrase, “sociedade sem trabalho e sem dinheiro”, reflete sua crença de que, em 10 a 20 anos, o avanço da inteligência artificial e da robótica tornará o trabalho opcional. Musk compara essa nova realidade a cuidar de um jardim: uma atividade que pode ser prazerosa, mas não obrigatória. “Trabalhar será opcional, como jogar esportes ou videogames”, afirmou, prevendo que robôs assumirão a maioria das tarefas pesadas.

A transformação da Tesla, de uma fabricante de carros elétricos para uma líder em IA e robótica, está no centro dessa ambição. Musk aposta que até 80% do valor da Tesla virá de seus robôs humanoides, conhecidos como Optimus. No entanto, a realidade é mais complexa, e muitos veem a automação como uma ameaça. Para a geração Z, a automação elimina empregos iniciais e a estagnação salarial é uma preocupação crescente.

Musk sugere que, nesse futuro, o dinheiro pode se tornar irrelevante. Inspirando-se em obras de ficção científica, como as de Iain M. Banks, ele imagina uma sociedade pós-escassez, onde máquinas inteligentes cuidam da maior parte do trabalho e a moeda não é necessária. Além disso, ele menciona a ideia de uma “renda universal alta”, semelhante à renda básica universal defendida por outros líderes, que garantiria um suporte financeiro em um mundo onde a mão de obra humana não teria mais o mesmo valor.

Entretanto, a viabilidade dessa visão enfrenta desafios significativos. A automação ainda é cara e muitos empregos não podem ser totalmente automatizados no curto prazo. Além disso, surge a questão crucial: o que acontece com sociedades que se estruturaram em torno do trabalho quando este desaparece? Estudos têm mostrado que muitas de nossas relações mais próximas e nosso senso de propósito vêm do ambiente de trabalho.

Se o trabalho se tornar opcional, as futuras gerações terão que redefinir onde encontram significado e identidade. Outro aspecto a considerar é a desigualdade crescente entre os vencedores da tecnologia e o restante da população. Musk, por exemplo, está no centro de um pacote de pagamento que pode atingir US$ 1 trilhão, enquanto as expectativas de ganhos para as empresas tradicionais estão sendo revistas para baixo.

A indagação que fica é: a sociedade sem trabalho é realmente desejável e para quem? Embora a promessa de robôs e IA em cada lar seja impressionante, a experiência de ver um futuro onde as máquinas realizam tudo levanta questões profundas sobre o que nos resta fazer e quem nos tornamos ao parar de fazê-lo.

Musk está desenhando um futuro moldado por máquinas, mas o maior desafio pode ser imaginar o futuro que realmente queremos para nós mesmos.

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