A Embaixada dos Estados Unidos intensificou suas críticas ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), em uma nova nota divulgada nesta quinta-feira (7). O texto acusa o magistrado de promover uma “perseguição” contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), elevando a tensão nas relações diplomáticas.

“O ministro Moraes é o principal arquiteto da censura e perseguição contra Bolsonaro e apoiadores”, declarou a Embaixada em sua nota, mencionando supostas violações de direitos humanos que teriam resultado em sanções sob a Lei Magnitsky, determinadas durante a gestão do presidente Donald Trump. A Embaixada também advertiu os “aliados de Moraes no Judiciário e em outras esferas” a não apoiarem as ações do ministro.

Em um tom incisivo, a representação diplomática americana afirmou que os Estados Unidos estão monitorando “a situação de perto”. Essa não é a primeira vez que a Embaixada se manifesta publicamente contra o ministro do STF, reiterando as preocupações com o que consideram excessos nas ações judiciais.

A crítica surge em um momento de crescente tensão, após a determinação de Moraes de prisão domiciliar para Jair Bolsonaro na última segunda-feira (4), sob a alegação de “reiterado descumprimento das medidas cautelares” impostas ao ex-presidente. A decisão impõe restrições severas a Bolsonaro, incluindo a proibição de receber visitas, exceto de seus advogados e pessoas autorizadas pelo Supremo Tribunal Federal.

A CNN entrou em contato com a assessoria do Supremo Tribunal Federal para obter um posicionamento sobre as declarações da Embaixada dos EUA e aguarda retorno. As críticas da representação americana reacendem o debate sobre a atuação do ministro Alexandre de Moraes e o impacto nas relações bilaterais.