Empresária será julgada por homicídio simples após morte de influenciadora

Caso envolve a aplicação de PMMA em procedimento estético que resultou em falência múltipla de órgãos

Grazielly da Silva Barbosa responderá por homicídio simples após a morte de Aline Ferreira devido a complicações em procedimento estético.

Empresária é ré em caso de morte por complicações em procedimento estético

No dia 2 de dezembro de 2025, a empresária Grazielly da Silva Barbosa obteve uma importante decisão judicial em relação à morte da influenciadora Aline Maria Ferreira da Silva. O caso, que causou grande repercussão, envolve a aplicação de PMMA nos glúteos da influenciadora, resultando em complicações fatais. O tribunal decidiu que Grazielly será julgada por homicídio simples, tendo a qualificadora de homicídio por motivo torpe sido excluída da acusação.

Contexto do procedimento estético que resultou em tragédia

O incidente ocorreu em junho de 2024, quando Aline optou por um procedimento de aumento volumétrico dos glúteos na clínica de Grazielly. Na ocasião, a influenciadora recebeu 30 ml de PMMA em cada glúteo e apresentou febre logo após o procedimento. Ela foi internada em um hospital de Brasília, onde veio a falecer em 2 de julho de 2024, após complicações que levaram à falência múltipla de órgãos.

A análise do Tribunal de Justiça de Goiás revelou que o PMMA, substância que apresenta riscos à saúde, foi administrado em condições inadequadas. O laudo cadavérico apontou que a morte foi resultante de choque séptico originado pelo material aplicado. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) já alertara que a utilização do PMMA deve ser restrita a profissionais qualificados.

A defesa e as alegações do advogado

O advogado de Grazielly, Welder de Assis Miranda, argumenta que a empresária não tinha a intenção de causar dano e que a defesa será construída na linha de que o homicídio foi culposo, ou seja, sem intenção de matar. A decisão do tribunal destaca a gravidade da situação, uma vez que a clínica onde ocorreu o procedimento não contava com responsável técnico e nem alvará sanitário, sendo fechada somente após a morte de Aline.

Detalhes sobre o atendimento que Aline recebeu

Segundo relatos de testemunhas, Aline começou a sentir dor e febre e contatou Grazielly no dia seguinte ao procedimento. A empresária recomendou medicamentos e persuadiu a influenciadora a não buscar atendimento médico imediato. Quatro dias após a aplicação, Aline foi internada em um hospital, onde recebeu cuidados intensivos, mas sua condição se deteriorou rapidamente.

Após a morte de Aline, o Ministério Público de Goiás (MPGO) denunciou Grazielly por homicídio com dolo eventual, argumentando que ela assumiu o risco ao realizar o procedimento sem as devidas qualificações e em condições impróprias.

A morte da influenciadora trouxe à tona a discussão sobre a regulamentação dos procedimentos estéticos e a formação dos profissionais envolvidos. O tribunal do júri ainda não possui uma data definida para o julgamento de Grazielly, mas a atenção para o caso permanece alta, refletindo a preocupação com a segurança em intervenções estéticas no Brasil.

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