Domingos Sávio de Castro prestou depoimento na CPMI do INSS
Domingos Sávio de Castro, ao prestar depoimento, negou envolvimento em irregularidades ligadas ao INSS, mas foi citado em investigações sobre repasses de entidades.
No dia 28 de outubro de 2025, Domingos Sávio de Castro prestou depoimento na CPMI do INSS, onde negou envolvimento nas irregularidades investigadas. Segundo o relator da comissão, deputado Alfredo Gaspar (União-AL), Castro é mencionado em investigações que envolvem repasses de entidades associativas ao lobista Antônio Carlos Camilo Antunes, o ‘Careca do INSS’, e teria vínculos com empresas suspeitas de estarem envolvidas em descontos indevidos em benefícios de aposentados e pensionistas.
Movimentações financeiras e defesas
Requerimentos aprovados pela CPMI revelam que Castro é sócio ou ex-sócio de empresas como DM&H Assessoria e ACDS Call Center, e recebeu recursos de entidades como a Associação Brasileira de Previdência (Abraprev). O relator destacou movimentações financeiras que ultrapassam R$ 20 milhões em benefício do empresário. Durante o depoimento, Castro utilizou o direito ao silêncio garantido pelo Supremo Tribunal Federal, amparado por um habeas corpus que o protege em situações que possam levar à autoincriminação.
Esclarecimentos sobre o negócio
Domingos Sávio de Castro se apresentou como corretor de seguros em Brasília, afirmando ter mais de 50 funcionários e operações regulares. Ele negou qualquer relação com as irregularidades investigadas e afirmou que contratos de atendimento telefônico possibilitaram a devolução de R$ 45 milhões a segurados. Apesar disso, Gaspar lembrou que Castro já havia sido condenado por organização criminosa na Operação Strike, embora tenha recorrido da decisão.
Conexões com o esquema investigado
O relator associou Castro a várias organizações ligadas ao esquema, mencionando repasses da Prospect e transferências da DM&H, além de ligações com a Unaspub. Ao ser questionado sobre essas operações, Castro permaneceu em silêncio, apenas confirmando ser sócio da ACDS Call Center. A CPMI também investiga cerca de R$ 500 milhões retirados de aposentados e pensionistas, com valores significativos relacionados à Abraprev e Abrasprev.
O deputado Alfredo Gaspar anunciou que pretende aprofundar a análise das conexões financeiras entre Castro, Antunes e outros investigados, afirmando que a população exige respostas sobre as fraudes que impactaram o INSS.