Empresas dos EUA demitem 32 mil funcionários em setembro

Relatório da ADP revela queda inesperada no emprego

Em setembro, empresas dos EUA cortaram 32 mil postos de trabalho, conforme relatório da ADP, um sinal preocupante para o mercado de trabalho.

Em setembro, 32 mil postos de trabalho foram eliminados por empresas dos EUA, conforme o relatório da ADP, um sinal preocupante de fraqueza no mercado de trabalho. A expectativa do Wall Street era de que o relatório mostrasse um aumento de 45 mil empregos, mas a realidade revelou uma queda inesperada. A ADP, que divulgou seu relatório mensal na quarta-feira, ressaltou que a cautela dos empregadores com contratações continua, mesmo diante de um crescimento econômico positivo no segundo trimestre.

Impacto da paralisação do governo

A divulgação do relatório da ADP pode ser uma das únicas informações sobre empregos nesta semana, uma vez que a paralisação do governo, iniciada na quarta-feira, fechou o Bureau of Labor Statistics, impossibilitando a publicação do relatório oficial de empregos na sexta-feira. Essa situação levanta ainda mais questões sobre o estado atual do mercado de trabalho.

Setores mais afetados

O impacto das demissões foi mais severo em empresas com menos de 50 funcionários, onde 21 mil postos foram cortados em firmas com 20 a 49 empregados e 19 mil em empresas com menos de 19 trabalhadores. O relatório também apontou que os setores de lazer e hospitalidade, serviços profissionais e financeiros foram os mais atingidos. Apesar da queda geral, empresas grandes com mais de 500 colaboradores foram as únicas a registrar ganhos de empregos, destacando uma disparidade no mercado.

Perspectivas futuras

Além dos números negativos, a ADP também revisou para baixo o crescimento do emprego em agosto, de 54 mil para uma perda de 3 mil, indicando uma tendência de desaceleração na criação de empregos. Embora o crescimento salarial para trabalhadores que mudam de emprego tenha diminuído, os que permanecem em suas funções tiveram um aumento de 4,5% nas remunerações, superando a inflação. A situação atual exige atenção redobrada das autoridades e dos analistas econômicos.

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